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ELEIÇÕES

Opinião | Por um Brasil feliz de novo

"Os 13 anos de governos petistas provocaram muitas e significativas mudanças na vida da classe trabalhadora"

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Em todo o país, mulheres vem encabeçando atos de apoio à Haddad e Manuela resgatando o slogan da campanha presidencial
Em todo o país, mulheres vem encabeçando atos de apoio à Haddad e Manuela resgatando o slogan da campanha presidencial - Malu Aquino

A história do Brasil guarda resquícios de muita violência e abuso. Fomos o último país da América Latina a fazer o acordo formal de abolição da escravidão. E como herança temos uma sociedade segmentada em desigualdades sociais brutais entre mulheres e homens, negros e brancos. Estamos no ranking entre os dez primeiros países no quesito assassinato de mulheres, negros e LGBTs. Estes índices refletem condições estruturais da formação social brasileira. No que se refere ao aspecto conjuntural, os 13 anos de governos petistas provocaram muitas e significativas mudanças na vida da classe trabalhadora. 

A profissão de trabalhadora doméstica que foi regulamentada no Brasil, no ano de 1972 teve no plano Trabalho Doméstico Cidadão, política adotada pelo governo Lula em 2005, a primeira iniciativa de governo voltada exclusivamente à valorização da categoria. O desenvolvimento dessa política culminou com a aprovação da PEC no governo Dilma, em 2013, representando a formalização de alguns direitos para estas trabalhadoras, que certamente estão entre as mais precarizados de toda a classe trabalhadora brasileira. 

O aumento de postos formais de trabalho, com carteira assinada, a redução da desigualdade salarial entre mulheres e homens e entre negros e brancos, o acesso a um maior nível de escolaridade, acesso da população mais pobre às universidades e profissionalização em cursos técnicos, a redução da pobreza, diminuição das horas gastas pelas mulheres no trabalho doméstico devido o acesso à políticas públicas. Abria-se um caminho de construção de políticas que combatiam as históricas desigualdades a que conhecemos bem em nosso país.

Desde a farsa montada para retirar a presidenta Dilma, sem qualquer comprovação, estes mais de dois anos de golpe de Estado no país e a galopante retirada de direitos da classe trabalhadora, os dias têm se tornado cada vez mais uma incessante luta por sobrevivência. 

Para que consigamos ter avanços nas condições de vida do nosso povo, precisamos retomar a democracia em nosso país e neste momento as eleições têm o fundamental papel de estancar o golpe nas urnas. Dilma quando eleita contou com mais de 54 milhões de votos, Lula esteve disparado no primeiro lugar nas intenções de voto e o nosso esforço agora é propagar aos quatro cantos do país a esperança de construirmos um Brasil feliz de novo.

*Tita Carneiro é militante da Marcha Mundial das Mulheres

Edição: Catarina de Angola