Pernambuco

Previdência

Senador Humberto Costa aponta compra de votos para aprovar Reforma da Previdência

Além de cargos, governo Bolsonaro estaria oferecendo até R$ 10 milhões por voto no Congresso Nacional

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Parlamentar afirma que Bolsonaro está "leiloando" cerca de mil cargos no segundo escalão do governo federal
Parlamentar afirma que Bolsonaro está "leiloando" cerca de mil cargos no segundo escalão do governo federal - Vinícius Sobreira/Brasil de Fato

O senador pernambucano Humberto Costa, do Partido dos Trabalhadores (PT), acusa o governo Bolsonaro (PSL) de fazer ofertas para comprar votos de parlamentares no Congresso em troca da aprovação da Reforma da Previdência. Segundo o petista, os valores giram em torno de R$7 milhões a R$ 10 milhões por parlamentar.

Como líder do PT no Senado, Humberto foi à tribuna criticar as negociações entre Bolsonaro e o Congresso na última semana. "O governo está fragilizado por denúncias, coleciona derrotas no Congresso e vê sua popularidade erodir. E tem pela frente um projeto de reforma absolutamente rejeitado. Então, a 'nova política' abre espaço para a barganha e a compra de votos descarada", disse.

O senador afirma que Bolsonaro estaria "leiloando" cerca de mil cargos no segundo escalão do governo federal para indicações de políticos que articulem apoio para a aprovação da Reforma da Previdência. Além disso, estaria negociando para liberar recursos públicos federais para os parlamentares usarem em obras: R$7,5 milhões para os deputados e senadores novatos e R$10 milhões para os mais experientes.

Na avaliação do petista, é uma contradição propor uma reforma argumentando que é necessário economizar, ao mesmo tempo em que "torra milhões para comprar votos no Congresso Nacional”. 

Humberto tem posição contrária à reforma da previdência proposta por Bolsonaro. "Chegam ao cúmulo de oferecer aos idosos mais pobres uma aposentadoria de R$400, enquanto mantém privilégios de vários setores. A mamata para os privilegiados, como empresários sonegadores e militares, segue mais forte que nunca", critica o senador.

O governo nega todas as acusações.
 

Edição: Monyse Ravena