Minas Gerais

Esporte

Coluna Curta e Grossa | Dívidas em jogo: qual a saída para o cruzeiro?

Apesar da classificação na Copa do Brasil, o clima não anda nada bem nos bastidores celestes

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Time celeste cavou uma crise sem precedentes
Time celeste cavou uma crise sem precedentes - Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Voltamos à nossa rotina futebolística. Para o Cruzeiro, a pausa foi um alívio em meio ao turbilhão que o clube vem enfrentando. Apesar da classificação na Copa do Brasil, o clima não anda nada bem nos bastidores celestes. Os problemas formam um combo perfeito para a crise: dívidas milionárias, salários atrasados, má gestão, denúncias por irregularidades fiscais e lavagem de dinheiro, envolvendo a diretoria.

Quem acompanha futebol sabe que os clubes brasileiros não são exemplos de boa saúde financeira. Parece piada, mas um dos esportes que mais arrecadam no Brasil também é um dos que mais devem. Entre atalhos, “jeitinhos” e muita história mal contada, os times iniciam e encerram temporadas com endividamentos astronômicos. Para se ter ideia, somente em 2018, a soma da dívida dos clubes da Série A ultrapassou a marca dos R$ 7 bilhões. E o Cruzeiro não foge à regra.

Mas desta vez o problema parece ser maior. A dívida cruzeirense acumulada é de mais de meio bilhão de reais. Mesmo com a venda de atletas e com os títulos conquistados nas duas últimas edições da Copa do Brasil e suas fartas premiações, a conta está longe de fechar. Com a segunda maior folha salarial do país, gastos administrativos elevados e salários acima do mercado para os executivos do clube, o time celeste cavou uma crise sem precedentes.

É aí que mora o perigo. Títulos, apesar de milionários, são receitas instáveis. Nada garante que o Cruzeiro vencerá os campeonatos que vem disputando. O rendimento em campo não anda lá essas coisas, que o diga o Campeonato Brasileiro, onde o time vem namorando a zona de rebaixamento desde o início. Não dá pra confiar em incertezas e as dívidas são bem reais.

Como resolver? Sinceramente, não sei apontar saídas. Depende do resultado em campo e da resolução dos imbróglios internos. Como cruzeirense, efetivamente, só resta torcer e apoiar. Aliás, apoiar o time, não as práticas de sua diretoria. 
 

Edição: Joana Tavares