sem veneno

Filme sobre MST vence prêmio e será exibido na assembleia geral da ONU

O curta-metragem "O que é agroecologia?", de Rafael Forsetto e Kiane Assis, venceu concurso das Nações Unidas

BrasIL de Fato | São Paulo (SP) |

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"Agora vamos levar a agroecologia e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ao palco mundial", celebram os diretores
"Agora vamos levar a agroecologia e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ao palco mundial", celebram os diretores - Foto: Reprodução

Com mais de 50 mil visualizações em 19 dias de competição o curta-metragem "O que é agroecologia", produzido por Rafael Forsetto e Kiane Assis -- que mostra o trabalho de agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na zona rural de Lapa (PR) -- venceu a categoria "alimentação e saúde humana" do Global Youth Video Challenge, das Nações Unidas.

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Agora, a obra será exibida durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

Os diretores Rafael Forsetto e Kiane Assis agradeceram aos que assistiram o filme durante a disputa final do concurso e consideraram "uma vitória coletiva".

"Agora vamos levar a agroecologia e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ao palco mundial e mostrar as alternativas sustentáveis que existem à agricultura convencional! Agroecologia não é apenas agricultura, ela É CULTURA!", diz o texto. O filme também terá exibição na Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP 25) em dezembro no Chile.

No assentamento Contestado, a produção de alimentos sem agrotóxicos, por meio de sistemas agrícolas que utilizam todos os recursos naturais sem desmatar, ajudam a colocar comida saudável na mesa dos trabalhadores da região sem contaminar a terra, a água e a saúde de quem planta e de quem come.

A educação de qualidade é respaldada pela Escola Latino Americana de Agroecologia. Construída junto à Via Campesina, a instituição recebe estudantes da América Latina e do Caribe e colabora na difusão de modelos de produção alternativos ao agronegócio. Em parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR), a escola criada em 2005 já formou três turmas de tecnólogos.

"Eles serão obrigados a prestar atenção ao trabalho que o MST vem fazendo, à relevância do movimento nesse âmbito da agroecologia, e terão que admitir que há alternativas à agricultura agressiva, dependente de agrotóxico. E essa frente vem sendo liderada pelo MST, que é tão demonizado no governo Bolsonaro", disse ao Brasil de Fato o diretor Forsetto.

Edição: Rodrigo Chagas