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Náutico perto do primeiro título nacional

No Maranhão, Timbu pode perder por até um gol de diferença para garantir o título da Série C

Brasil de Fato | Recife (PE) |
O Timbu pode vencer, empatar ou até perder por um gol de diferença que ainda assim conquista a taça da Série C
O Timbu pode vencer, empatar ou até perder por um gol de diferença que ainda assim conquista a taça da Série C - Léo Lemos/Náutico

Quando entrarem em campo nesse domingo (6), às 16h, os atletas do Náutico terão nos pés a chance de deixarem a marca na história do clube. Após vencer por 3x1 o Sampaio Corrêa na primeira partida da final, nos Aflitos, o Timbu pode vencer, empatar ou até perder por um gol de diferença que ainda assim conquista a taça da Série C do Campeonato Brasileiro, que pode ser o primeiro título nacional do clube. Desta vez os alvirrubros enfrentam a Bolívia Querida na casa do adversário, o estádio Castelão, em São Luís, no Maranhão.
Este será o quinto duelo entre as duas equipes no ano de 2019. Ainda em março, quando os Aflitos recebeu Náutico e Sampaio pela 5ª rodada da Copa do Nordeste, o Timbu venceu por 2x1. Já pela 7ª rodada da Série C, desta vez no Maranhão, os alvirrubros também superaram a Bolívia: 2x0. Ainda na primeira fase da Série C, nos Aflitos, nova vitória pernambucana, por 2x1. O quarto duelo foi no domingo passado, já pela final da competição: Timbu 3x1. Vale salientar que os dois clubes tiveram as melhores campanhas da Série C, somando clubes dos grupos A (Nordeste) e B (Norte, Sudeste e Sul).
Nesta Série C os alvirrubros tiveram um início oscilante sob o comando de Márcio Goiano, mas entraram nos trilhos após a chegada de Gilmar Dal Pozzo. Ao longo do campeonato o Náutico conquistou 12 vitórias, 5 empates e 6 derrotas, com 60,8% de aproveitamento até agora. O ataque marcou 32 gols e a defesa sofreu 24.
Se considerada toda a temporada, o aproveitamento do Timbu também é acima dos 60%. Somando a Série C às campanhas do vice-Campeonato Pernambucano, da semifinal da Copa do Nordeste e da eliminação na segunda fase da Copa do Brasil, o Náutico conquistou 26 vitórias na temporada, além de 11 empates e 11 derrotas. Restando a última partida da temporada, o clube marcou 75 gols e sofreu 47. E o mais importante: com exceção da Copa do Brasil, o Alvirrubro mirou o título nas competições que disputou.
Esta temporada que tira o Náutico das sombras no cenário do futebol brasileiro foi também a primeira temporada do clube de volta ao Eládio de Barros Carvalho, o estádio dos Aflitos, após cinco anos mandando jogos na Arena de Pernambuco, que fica em São Lourenço da Mata. Em 2018, o último ano do Timbu na Arena, foram 24 jogos com mando alvirrubro e uma média de 7.550 torcedores, um pouco acima da média de 7.400 nos 25 jogos nos Aflitos, este ano.
Os números parecidos escondem o fato de que a Arena, com capacidade próxima aos 45 mil torcedores, teve públicos que são o dobro ou quase o triplo da capacidade dos Aflitos, como na final do Campeonato Pernambucano 2018. Esses jogos pontuais puxam a média do ano para cima, quando na verdade o Náutico também teve 10 jogos com menos de 3 mil torcedores numa Arena vazia. Este ano, nos Aflitos, apenas três jogos tiveram público inferior aos 3 mil torcedores.
Na Série C deste ano, mesmo sem direito a públicos acima de 16 mil, a média foi acima de 8.500, enquanto na Arena, em 2018, apesar de alguns públicos puxarem a média para cima, o Náutico teve média de 7 mil torcedores - sinal de que muitos jogos tiveram público bem baixo. Para além dos números, a volta aos Aflitos resgatou a atmosfera que o alvirrubro gosta e a facilidade para chegar ao estádio que considera sua casa.

Edição: Monyse Ravenna