Pernambuco

Lula Livre

Artigo | "Um homem simples, a cara do Nordeste do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva"

Um relato sobre a experiência de estar com Lula livre em seu pronunciamento

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Milhares de pessoas emocionadas rodeavam o ex-presidente Lula
Milhares de pessoas emocionadas rodeavam o ex-presidente Lula - Francisco Proner

Desde as primeiras horas do dia já havia intensa movimentação nas imediações do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), diversos eram os grupos jornalistas livres, correligionários partidários, estudantes, simpatizantes, militantes, artistas, comerciantes, vendedores ambulantes, camponeses/as, pescadores/as. Enfim, todas as faces da classe de trabalhadoras e trabalhadores presentes, movidos pelo som da corneta no “Olé, olé, olé olá Lula, Lula...”. Movidos por um só sentimento: expressar, ver, sentir, abraçar e mostrar ao mundo o reencontro com o futuro, esperanças e sonhos que emanam de milhões de iguais brasileiros solidários, fraternos, honestos, que sabem melhor que ninguém o significado de gratidão a esse senhor de origem matuta, um simples pernambucano de 74 anos de idade, Luiz Inácio Lula da Silva... 
Que com sangue pulsando nas veias nordestinas, igual aos 20 anos de idade, em plena forma mental e vigor físico impressionante, estando disposto a rodar o país mostrando a verdade, desmascarando e denunciando ao mundo o  autoritarismo, o fascismo e os atos covardes contra nação brasileira, cometida pela desgovernada, mórbida, melancólica miliciana e violenta gestão bolsonarista.
Em sua fala, Lula trouxe a energia e chamou todo o povo para o agora. Para todos terem novamente o tesão de lutar. Em seu discurso, Lula repetiu várias vezes a palavra tesão. “Eu tenho a experiência dos 70, a energia dos 30 e o tesão dos 20 anos de idade”. “Estou cheio de tesão para rodar por esse país”, voltou ao termo no final do seu discurso. Lula também questionou porque Bolsonaro se aposentou tão jovem e quis tirar a aposentadoria do povo brasileiro, demarcando que o povo ficou mais pobre, sem emprego, com menos saúde e direitos. 
O ex-presidente também cobrou justiça por Marielle: “Não é a gravação do filho dele que vale. É preciso que haja uma perícia séria para que a gente saiba definitivamente quem matou Marielle.” Lula também ressaltou que tivéssemos atenção à importância dos resultados recentes nas eleições em países vizinhos. Sobre a Bolívia, ele denunciou a pressão golpista da oposição contra o presidente reeleito Evo Morales. “Estão fazendo o que o Aécio fez quando Dilma ganhou dele”. 
No final do discurso, Lula voltou a convocar o povo a reagir às medidas neoliberais de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes: “Um povo como vocês não depende de uma pessoa, depende do coletivo". Em seguida, Lula disse que iria descer até o povo. A adrenalina voltou novamente, as pessoas iam cada vez mais se amontoando no intuito de chegar perto. 
Lula desceu e ninguém se conteve, pelo rosto através das lágrimas, o povo chorou, a imprensa, todos estavam emocionados e comigo não foi diferente. Registrar aquele momento foi, sem dúvida, um dos momentos de esperança, de emergência em não permitir mais que milicianos governem o País como bem citou em sua fala. De que a luta se faz coletiva e com amor, tesão e pé na porta!
Muitas emoções, razões e interesses cercam “o barba”, o mesmo não precisa falar. Basta um aceno dele direcionado à multidão para causar uma explosão de vozes alimentando a certeza estampada no sorriso largo e nas lágrimas que banham os rostos dos presentes nesse dia que é mais um importante marco da história do Brasil, o dia de LULA LIVRE.

* Núcleo de Comunicação Caranguejo Uçá.
 

Edição: Marcos Barbosa