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Crise

Editorial | Desgoverno de Bolsonaro despreza a população

O chefe do Executivo parece querer levar o país ao caos e à morte de milhares de brasileiros

Curitiba (PR) |
Para Bolsonaro e certos setores empresariais, a economia deve continuar em estado de “normalidade” - Giorgia Prates

A situação é grave e, sim, sairemos dela com a solidariedade do povo, o isolamento social, um Estado forte e atuante desde já, o fortalecimento do SUS e a proteção dos profissionais da saúde e dos serviços essenciais.

A saída está em tudo aquilo que o desgoverno Bolsonaro tem refutado e destruído até agora. Com inabilidade, irresponsabilidade e insanidade crescentes, o chefe do Executivo parece querer levar o país ao caos e à morte de milhares de brasileiros, especialmente os mais pobres e em situação e grupos de risco. Bolsonaro teima em tratar a pandemia como “gripezinha”, avança sobre os direitos dos trabalhadores para evitar o prejuízo dos patrões e espalha notícias falsas.

Para Bolsonaro e certos setores empresariais, a economia deve continuar em estado de “normalidade”. Mas o povo percebe que o lucro não pode estar acima da vida. A popularidade do presidente cai. O Estado deveria agir, e rápido: isolamento, renda mínima, isenção de contas de água, luz e gás, garantia de políticas públicas, entrega de alimentos, equipamentos públicos de saúde, distribuição de produtos de higiene e prevenção. Haverá outro Brasil depois de Bolsonaro. A crise e o contágio vão passar. Há esperança, resistência, solidariedade. Apesar do presidente.

Edição: Pedro Carrano