Pernambuco

Coronavírus

Na contramão do mundo, Bolsonaro é um governante que não atua em defesa do seu povo

População mais pobre é a mais impactada, o que tem levado movimentos a desenvolverem ações solidárias

Brasil de Fato | Recife (PE) |
no Brasil um dos únicos governos nacionais que, ao invés de se pautar pela defesa do seu povo e contra os impactos do novo vírus, se pauta pelo oposto - Latuff

O Brasil e o mundo vivem uma das piores crises das últimas décadas. Desta vez, um vírus como fator desencadeante: o novo Coronavírus. Vivemos um momento onde parece haver um esforço contínuo de amplos setores da sociedade na luta contra o vírus e, especialmente, os seus impactos. Em todo o planeta, até alguns setores dos chamados liberais passaram a defender políticas mais intervencionistas do estado, com a busca de garantias mínimas de dignidade para amplas parcelas da sociedade. Tais parcelas, inclusas na chamada classe trabalhadora, serão as que sofrerão os maiores impactos. Já estão sofrendo, na realidade.

Aparentemente alheios a esta cruel realidade, parece que temos aqui no Brasil um dos únicos governos nacionais que, ao invés de se pautar pela defesa do seu povo e contra os impactos do novo vírus, se pauta pelo oposto. Discurso e prática caminham no sentido de minimizar os impactos do Covid-19 em sua população. Parece ignorar que neste momento já superamos os mais de 2 milhões de casos em todo o mundo e que este número segue crescendo. Que já são quase 150 mil mortes. E que, no Brasil, seguindo a tendência mundial, os números seguem crescendo e todos os indícios apontam para uma grande catástrofe.

É preciso que se diga que falamos em aparente alienação, pois no fundo, estamos diante de um governo que parece de bobalhões e incapazes, quando não o é. E compreender exatamente com o que lidamos é fundamental para definir as melhores táticas e ações na luta contra este inimigo. O governo brasileiro, através do paspalho Jair Bolsonaro, atua de forma consistente no sentido de desconstruir o que há de positivo em nosso país e fortalecer uma pauta de extrema-direita. Tem sido assim em outros países do mundo e isso precisa estar bem evidente para toda a oposição ao governo federal.

Dito isso, o momento exige algo além da crítica e confrontação aos milicianos que estão no governo. Em momentos de crise como o atual, um sentimento parece aflorar de todos os cantos no povo brasileiro: falo da solidariedade. Não confundir com a caridade, defendida por tanto tempo pela elite em nosso país. Para eles, a caridade é fazer qualquer coisa pelo pobre quase como uma esmola. Não é disso que falamos. Solidariedade é estar ao lado das pessoas quando elas mais precisam. É estar junto das pessoas para também poder construir novas relações, mais humanas e mais fraternas.

Em Pernambuco já se organizam em vários municípios o projeto Mãos Solidárias. Centenas de voluntários e voluntarias. Junto a movimentos, entidades e igrejas, trabalhando em prol de ações que amenizem um pouco do sofrimento, da fome e da miséria de irmãos e irmãs de todo o estado. Do litoral, na região metropolitana do Recife, ao Sertão, em Petrolina, o Mãos Solidárias segue crescendo e construindo ações como o Marmita Solidária. Busque, se informe e participe. Vamos precisar de todo mundo! 

Edição: Marcos Barbosa