Pernambuco

Pandemia

Desmonte de políticas públicas tende a agravar impactos da covid-19 no Semiárido

Por meio de Carta, organizações pedem ações que garantam direitos fundamentais para a população do Semiárido

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Aproximadamente 27 milhões de pessoas vivem no semiárido brasileiro, correspondendo a 12% da população nacional - Fátima Pereira

O Semiárido brasileiro é uma região que ocupa cerca 12% do território nacional e abrange mais de 1.200 municípios. Aproximadamente 27 milhões de pessoas vivem na região, o que corresponde a 12% da população nacional, segundo o ministério da integração nacional. A maior parte do semiárido situa-se no Nordeste do país, mas também se estende pelos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Dada a importância da região, a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), que reúne mais de três mil organizações, lançou  uma carta com propostas para que o poder público inicie de forma efetiva o combate à covid-19 no Semiárido.

Alexandre pires, coordenador executivo da asa brasil, explica os principais pontos da carta: O primeiro é a necessidade de informação e de comunicação eficiente para que as pessoas saibam como evitar o contágio, de que forma elas podem proceder no caso da contaminação. O segundo ponto diz respeito à necessidade retomada e de ampliação dos recursos do programa de cisternas. O terceiro ponto é a reafirmação da destinação de R$1 bi para o programa de aquisição de alimentos PAA, esse programa compra alimentos da agricultura familiar produzido de forma agroecológica e sustentável e, o quarto ponto, não menos importante, é a necessidade de destinação de recursos e de infraestruturas de proteção à vida das mulheres".

De acordo com a ASA, o Semiárido é um espaço com grande concentração de terra, da água e dos meios de comunicação, o que produz fortes desigualdades sociais. Neste sentido, são muitos os desafios para a região diante da pandemia do coronavírus, como explica Cristina Nascimento, integrante da Coordenação da ASA no Ceará: "O impacto da pandemia tem uma questão econômica, social, política e cultural. Quando a gente pega um conjunto de famílias de comunidades num território que estava sendo descoberto por políticas públicas, aí a gente percebe que essa situação tende a se agravar". 

Confira em vídeo a reportagem completa:
 

 

Edição: Monyse Ravena