Paraná

TRANSPORTE

MP dá prazo de 10 dias para Prefeitura de Curitiba explicar auxílio milionário

Auxílio às empresas de transporte coletivo chega na casa dos 200 milhões de reais

Curitiba (PR) |
De acordo com prefeitura, verba é para custeio e manutenção do transporte - Giorgia Prates

Por enquanto, o Prefeito Rafael Greca não poderá autorizar o repasse de milhões para os empresários do transporte coletivo, tal como estava previsto pelo projeto de lei aprovado na Câmara Municipal. Isso acontece porque o Ministério Público do Paraná (MPPR) abriu investigação para apurar irregularidades nos repasses propostos para socorrer as empresas no momento da pandemia do coronavírus. Segundo a promotoria, o objetivo é fazer com que o prefeito Rafael Greca (DEM), explique a lei 15.637/2020, proposta por ele e aprovada recentemente pela Câmara Municipal, que permitiria um repasse de até R$ 200 milhões às concessionárias do serviço. 

A investigação responde a uma denúncia feita pelo diretor do Sindicato dos Engenheiros do Paraná, Luiz Henrique Calhau e pelo integrante do Fórum Popular do Transporte Coletivo, Lafaiete Neves. A denúncia traz a falta de informações do projeto quanto à destinação dos recursos, bem como considera a transferência indevida, pois tais valores deviam ser utilizados de forma direta no combate à pandemia. A Promotora de Justiça Luciane Evelyn Cleto Melluso de Freitas deu um prazo de 10 dias para que a Prefeitura preste informações claras sobre várias questões, como o porquê do valor de vinte milhões, para quais serviços do transporte coletivo será utilizado o recurso, a discriminação das dotações orçamentarias a serem remanejadas, entre outras.   

Além da Prefeitura de Curitiba, também a URBS deverá prestar informações a respeito do projeto, em especial de que forma será feita a fiscalização do dinheiro aplicado.  Para Lafaiete Neves, a ação do MPPR é de extrema importância para dar transparência que o Prefeito não deu. “A promotora faz questionamentos que já deveria ter sido incluídos no projeto, como de onde sairá o dinheiro,” diz Lafaiete. Neste momento o repasse está suspenso ate que todas as informações sejam prestadas ao MPPR. 

Edição: Gabriel Carriconde