O Movimento Coletivo POA lançou, quinta-feira (2), os primeiros pré-candidatos para as eleições municipais deste ano, em Porto Alegre. Segundo os autores da iniciativa, os nomes indicados dividirão a candidatura e também o mandato, em caso de eleição, com decisões conjuntas e uma estrutura de poder horizontal.
Em uma reunião virtual, que contou com a presença do pré-candidato a vice prefeito Miguel Rossetto (PT), cerca de 130 pessoas definiram, por aclamação, os representantes da candidatura coletiva: Giovani Culau, presidente da União da Juventude Socialista (UJS) no Rio Grande do Sul e militante LGBT; Gerusa Pena, líder estudantil e militante antirracista; Tássia Amorim, moradora da Restinga, ativista social e da juventude; Fabíola Loguercio, presidenta da UJS de Porto Alegre, militante feminista e dos direitos humanos.
Jovens entre 20 e 26 anos, o grupo de co-candidatos têm representantes da periferia, LGBTQI+ e mulheres negras, uma escolha que procura destacar a necessidade de priorizar o debate desses temas na sociedade para a diminuição da desigualdade social.
Inspirado em outras experiências de candidaturas coletivas espalhadas pelo país – que inclusive tiveram sucesso e algumas foram eleitas – o Movimento Coletivo se propõe a transformar a representação política na cidade, reunindo em uma mesma candidatura diferentes lideranças e lutas sociais, com o compartilhamento do protagonismo e da ação política.
Formalmente, a candidatura sairá pela legenda do PCdoB, uma vez que a legislação eleitoral brasileira não permite inscrições formais de candidaturas coletivas. “Apesar de nosso movimento ser composto também por pessoas sem filiação partidária ou de outros partidos políticos, nossa candidatura será pelo PCdoB”, diz Giovani Culau.
Edição: Sul 21