Pernambuco

FEMINISMO NEGRO

Programação do Julho das Pretas acontece virtualmente em Petrolina

Iniciativa da vereadora Cristina Costa (PT) vai promover lives em conjunto com o movimento de mulheres negras do estado

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Programação foi pensada em conjunto com o movimento negro, feministas negras e associação de mulheres da região - Mídia Ninja

Em Petrolina, a programação do “Julho das Pretas” iniciou nesta segunda (06), a partir de uma iniciativa da vereadora Cristina Costa (PT), com o objetivo de dar visibilidade às pautas das mulheres negras. Durante o mês, a vereadora realizará lives com algumas representantes do movimento negro, feministas negras e associação de mulheres.

“Nós temos uma programação com objetivo de dar visibilidade às pautas das mulheres negras e suas lutas. É uma agenda conjunta e propositiva com os movimentos de mulheres negras. Nós somos mais vítimas dessa violência social. O que nós faríamos, como mandato, para evidenciar essa luta nesse período que estamos vivendo no mundo que é combate ao racismo? A gente não pode deixar de chamar atenção pra isso, de forma educativa, estratégica e consciente para construir politicas públicas e fortalecer essas mulheres aqui em Petrolina”, pontua Cristina Costa, que ocupa uma das cadeiras ocupadas por mulheres na câmara, que tem 23 vagas e apenas duas parlamentares.

A programação acontece semanalmente a partir das 18h na página oficial da vereadora no Instagram. A primeira conversa foi com Sônia Ribeiro, socióloga e militante do Movimento Negro. Já no dia 13, próxima segunda, é a coordenadora da Associação das Mulheres Rendeiras do José e Maria em Petrolina e licenciada em Letras, Márcia Alves que conversa com Cristina Costa. E pra fechar a programação, no dia 20 de julho a conversa será com a advogada, feminista negra e Yabassé nagô, Vera Baroni.

Essa programação é referente ao dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha que é celebrado no dia 25 de julho. A data marca o I Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana em 1992 e que, em 2014 se tornou o Brasil o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra – em homenagem à líder quilombola que liderou o Quilombo do Quariterê no século XVIII. Essa data foi sancionada pela então presidente Dilma Rousseff (PT).

Edição: Vanessa Gonzaga