Pernambuco

COLUNA DOS CLUBES

Coluna Coral | Um Clássico das Multidões vazio no Dia Nacional do Futebol

Não existe espetáculo no futebol sem torcida, como não existe futebol por muito tempo sem a massa

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Para o confronto, Itamar Schulle tem a opção de poupar algumas peças, uma vez que o Mais Querido já tem vaga garantida na semifinal da competição - Rafael Melo/Santa Cruz

Após quatro meses de paralisação, por conta da pandemia do novo coronavírus, o futebol está de volta. Neste domingo (19), às 16h, Sport x Santa Cruz entram em campo pela última rodada da primeira fase do Campeonato Pernambucano, na Ilha do Retiro, em um Clássico das Multidões decisivo, mas diferente. 

Em 104 anos, pela primeira vez na história, o clássico acontecerá de portões fechados e arquibancadas vazias. Para completar, a data agendada para marcar o retorno do futebol local celebra, também, o Dia Nacional do Futebol. Saudosismo, portanto, em dose dupla.

Para os atletas, o vácuo ao redor do campo, acompanhado do eco de suas próprias vozes. Para a torcida Tricolor, o grito preso na garganta, permitido apenas ser soltado de casa, claro, em meio à necessidade de que todas as medidas de segurança sejam cumpridas. Será um Clássico das Multidões estranho, afinal de contas não existe espetáculo no futebol sem torcida, como não existe futebol por muito tempo sem a massa, principalmente quando falamos de Santa Cruz. Um é consequência do outro. 

Para o confronto, Itamar Schulle tem a opção de poupar algumas peças, uma vez que o Mais Querido já tem vaga garantida na semifinal da competição. Mesmo assim, o treinador deve manter a espinha dorsal do time ante a equipe rubro-negra. O recém-contratado, Derlis Alegre, ainda não foi regularizado e deve esperar um pouco mais para estrear com a camisa coral. 

O centroavante, Victor Rangel, por outro lado, teve seu nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID), da CBF, na última quarta, e está à disposição do técnico para o duelo. O cenário está montado, o que resta agora é esperar para ver como a história vai se reinventar desta vez.

 

Edição: Vanessa Gonzaga