Pernambuco

CIÊNCIA

Tecnologia diminui tempo de espera e preço de EPI’s durante pandemia de covid-19

Em Olinda, jovens produzem equipamentos 3x mais baratos e com mesma qualidade de fabricantes convencionais

Brasil de Fato | Recife (PE) |
A ideia de fabricar termômetros infravermelho surgiu a partir do contato com a equipe da campanha Mãos Solidárias - Coletivo 3D

Em Pernambuco, um grupo de jovens que trabalham com impressão 3D têm realizado doações de escudos faciais, termômetros e outros equipamentos de proteção individual utilizados por profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra o coronavírus.

E empresa sediada na cidade de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, produz materiais deste tipo desde 2015 e já atuava em projetos de tecnologia e saúde antes da pandemia. “Com o passar do tempo, a gente foi percebendo que esses projetos se encaixavam muito no modelo de atuação social, que seria justamente a gente atender demandas da sociedade. Inclusive, de comunidades. A gente também não iria fazer diferente na área de saúde nesse momento pandêmico” explica  Rhalldiney Lima, Sócio da Coletivo 3D.

A mais recente iniciativa do grupo foi a produção e termômetros infravermelho, que surgiu a partir de uma demanda apresentada pelos Agentes Populares de Saúde, da campanha Mãos Solidárias, voluntários que atuam em comunidades para dar orientações básicas aos moradores e à população em situação de rua.

Com os termômetros infravermelho produzidos a partir da tecnologia 3D é possível medir a temperatura de uma pessoa a distância, mantendo o distanciamento social. Segundo Leta Vieira, coordenadora da campanha Mãos Solidárias, a parceria do coletivo contribuiu para melhorar a atuação dos Agentes Populares de Saúde durante o contato com a população. “Eu tinha conseguido comprar um termômetro, três vezes o preço e que demorava quase 60 dias para chegar.  Isso significava a gente ficar dependente de um sistema de importação. E estava tendo toda aquela dificuldade do Estados Unidos terem comprado equipamentos de saúde que era para o mundo inteiro e ele compraram para si”.

Ela também projeta que a meta é aumentar a produção “Eles conseguiram fazer os primeiros, alguns termômetros já estão sendo doados para os agentes atuarem nos bairros de forma mais proativa na identificação de pessoas que podem estar contaminadas com o coronavírus. Agora eles vão começar uma produção muito maior, espero que cresça muito. É produção de tecnologia de ponta, brasileira, olindense, fora dos grandes sistema da grande indústria farmacêutica. Confira a reportagem completa: 

 

Edição: Vanessa Gonzaga