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COLUNA DOS CLUBES

Coluna do Sport | Detalhe ou estrutura?

Na missão de se manter no Brasileirão, o Sport precisa rever detalhes

Brasil de Fato | Recife (PE) |
A ducha fria no Rio parece ter mexido com os ânimos e expectativas em campo - Alexandre Vidal/Flamengo

A situação de altos e baixos parece uma sina no Sport. Quem não lembra o brilho da temporada de 2000 e o fiasco um ano depois? Ou ainda, em 2009, uma sensação na Libertadores e um rebaixamento no Brasileirão? Enfim, os intervalos dessas gangorras também pode ser mais curtos. 

Um exemplo é a mudança repentina de maré nos últimos jogos do Brasileirão atual. A beliscada no G-6 logo virou um alerta para distanciar do Z-4. Já entre a 14ª e 17ª rodada, esse comportamento não deixa dúvidas de reviravolta tremenda do time. 

Também é nítido como o time se perdeu na competição desde o segundo tempo contra o Flamengo, no Maracanã. A ducha fria no Rio parece ter mexido com os ânimos e expectativas em campo. Assim, o clima que parecia ameno e descontraído já abre espaço para picuinhas de bastidores. E agora? Apesar dos devaneios recentes com uma “ótima campanha”, é fato que o Sport não está preparado para brigar de igual para igual com a ponta da tabela. Mas é certo que tem time para se manter no meio da tabela, desde que as coisas certas sejam feitas.

Nas redes sociais já começaram acusações sobre diretoria e até mesmo um “prestígio” de Jair Ventura. Sinceramente, seria um pecado o Sport se desfazer do atual treinador. É fato que o Sport desandou nas últimas rodadas. Por outro lado, Jair Ventura mostrou também que pode puxar mais que as expectativas iniciais do elenco atual.   

Diante do fato vale a pergunta. O problema é estrutural ou são detalhes? Acredito que na expectativa do que “temos para hoje”, ou seja, a missão de se manter no Brasileirão, o Sport precisa rever detalhes. Em campo, até aponto um desses detalhes. O rendimento não apenas de resultados, mas de futebol, tem uma coincidência. Thiago Neves é jogador excepcional, mas acompanha essa mudança brusca do time. Acredito, inclusive, como um jogador que pode render muito mais para o Brasileirão. Mas não seria hora de rever o conceito de titularidade quando o time muda de “cada um por todos” para “todos por um único”?

*Daniel é torcedor do Sport

Edição: Vanessa Gonzaga