Rio Grande do Sul

HISTÓRIA

PCdoB cria Centro de Documentação e Memória do Rio Grande do Sul

Resgate da história do partido, das lutas e de personagens históricos celebra os 100 anos do PCdoB em 2022

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Walter Oliveira foi escolhido o coordenador do novo CDM-RS - Arquivo pessoasl

A Fundação Mauricio Grabois, seção do Rio Grande do Sul, iniciou a criação de um Centro de Documentação e Memória em uma plenária virtual realizada no sábado (3). O nome da nova instituição será Centro de Documentação e Memória do Rio Grande do Sul (CDM-RS) e terá como coordenador o cientista político Walter Oliveira.

A reunião teve a participação de trinta e um militantes:  historiadores(as), cientistas políticos(as), cientistas sociais, economistas, advogados, jornalistas e outros intelectuais, além de dirigentes históricos do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Quarenta e cinco pessoas de 16 municípios das principais regiões do estado vão compor o CDM-RS e fazer o resgate das lutas operárias e da trajetória do Partido Comunista do Brasil no Rio Grande do Sul, desde os seus primórdios.

O coordenador regional da Fundação Maurício Grabois, Raul Carrion, abriu a reunião e falou sobre os objetivos do CDM-RS às vésperas das comemorações dos 100 anos do PCdoB. Em seguida passou a palavra ao cientista político Walter Oliveira para que apresentasse seu Plano de Trabalho. Fernando Garcia representou o CDM nacional.

O plano apresentado por Walter consta de três objetivos gerais: 1) O resgate de toda a documentação partidária (resoluções, publicações, iconografia, áudios, vídeos, etc.) e de trabalhos e livros sobre o PCdoB no RS; 2) Elaboração de estudos sobre a trajetória do PC do Brasil no RS, suas lutas, avanços e recuos; 3) Identificação dos principais personagens da construção partidária, elaborando suas biografias.

Para atingir estas metas o CDM contará com a realização de entrevistas com as principais lideranças partidárias e a criação de um “Arquivo Virtual”, para acolher o material recolhido e digitalizado.

A historiadora e arquivista Gláucia Konrad apresentou um projeto de “Arquivo Virtual” – que inicialmente será aberto somente aos membros do CDM-RS, visando a seleção, identificação e tratamento dos materiais coletados e digitalizados –, sendo necessário o consentimento para o uso dos depoimentos e das imagens doadas.

Paulo Roberto Rivera responsabilizou-se pela elaboração do programa para a “hospedagem” do referido arquivo e foi proposta a criação, no momento oportuno, de uma página da FMG-RS no estado e no Portal Nacional da FMG. Fernando Garcia expôs a experiência do CDM Nacional – onde avultam as contribuições de Augusto Buonicore e José Carlos Ruy, já falecidos –, destacou a importância da criação do CDM-RS e fez sugestões concretas para o seu trabalho.

Falaram ainda os historiadores Alex Sadat (Taquara), Saulo Velasco (Caxias do Sul), Mateus Fiorentini (Passo Fundo), Diorge Konrad (Santa Maria) e a historiadora Deusa Souza (radicada no Pará), além do psiquiatra Bruno Costa (Porto Alegre), antigo dirigente partidário, desde a década de 60. Todos sugeriram diversas complementações aos projetos apresentados.

Por fim, foi escolhida uma Comissão Executiva, responsável por coordenar a execução do projeto proposto. Esta é formada pelos historiadores Juliano Roso (de Passo Fundo, presidente do PCdoB-RS) e Raul Carrion (de Porto Alegre, presidente da FMG-RS), o cientista político Walter Oliveira (de Porto Alegre, diretor do CDM-RS), a historiadora e arquivista Gláucia Konrad (de Santa Maria), a historiadora Joice Eslabão (de Rio Grande) o historiador Saulo Velasco (Caxias do Sul) e Paulo Roberto Rivera (de Porto Alegre, especialista em computação e redes). Posteriormente foi agregado à Comissão Executiva o advogado José Carlos Martins (de Cruz Alta).

Segundo Walter Oliveira a primeira reunião da comissão executiva será realizada ainda esta semana.


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Edição: Marcelo Ferreira