Pernambuco

PANDEMIA

No Dia Mundial da Saúde, protesto no Recife cobra vacinação em massa

Ato pauta também a defesa do SUS e dos direitos dos trabalhadores expostos ao coronavírus

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Ato simbólico de protesto foi da Praça Oswaldo Cruz até o Hospital da Restauração, no Recife - Rani de Mendonça

Nesta quarta (07) o Dia Mundial da Saúde é lembrado com luta no Recife. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) Pernambuco, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e a Campanha Fora Bolsonaro fazem hoje um ato simbólico de protesto em frente a Praça Oswaldo Cruz com a fixação de cartazes, faixas e cruzes em memória dos mortos pela covid-19. Em Pernambuco, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, já foram notificados 12.479 mortes. A pauta do ato é pela vacina para todos e todas, pelo SUS; para salvar vidas e proteger o trabalho.

“Vivemos uma grave econômica, agravada pela atual pandemia da covid-19, que está destruindo milhões de empregos e Bolsonaro aproveita para precarizar dos empregos que ainda restam, aumentando a pobreza, a miséria e a desigualdade”, comentou o presidente da CUT-Pernambuco, Paulo Rocha. 


Ato também denunciou condições de trabalho dos profissionais que estão há um ano na linha de frente de combate à covid-19 / Rani de Mendonça

O país contabilizou até ontem (06) mais de 13 milhões de casos e mais 336 mil óbitos por covid-19. Miriam Soares, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social do Estado de Pernambuco (SindSaúde), denuncia a pressão e sobrecarga dos trabalhadores da saúde. "A gente tem um governo que não se preocupa com a população. Sobre o pessoal que está na linha de frente, que recebe aplausos por serem heróis, nós não queremos ser heróis nessas condições aqui, mortos, nós queremos melhores condições de trabalho, que não temos nas unidades hospitalares”, afirma. 

Projeções

De acordo com projeção feita pela Universidade de Washington, dos Estados Unidos, só neste mês de abril o Brasil pode registrar 100 mil vidas perdidas para a Covid-19 se nada for feito.  Até 1° de julho, segundo o estudo, o país pode chegar à marca de quase 600 mil óbitos – o número exato projetado é de 562,8 mil mortes. Segundo os cientistas, 55 mil vidas poderiam ser salvas apenas com  o uso universal e correto da máscara. 

 

Edição: Vanessa Gonzaga