Rio Grande do Sul

COVID-19

São Leopoldo é notícia da mídia mundial pelo combate ao coronavírus 

A mais recente notícia da cidade é a nova tecnologia chamada de Bolha de Respiração Individual Controlada

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Cidades gaúchas tiveram destaque internacional por motivos opostos no combate à pandemia - Mauricio Lima

Ao contrário da capital gaúcha, que ganhou destaque negativo pela mídia internacional, a cidade de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre e com aproximadamente 238 mil habitantes, tem ganhado destaque em nível nacional e internacional por conta das medidas responsáveis, inovadoras e firmes no combate à pandemia do coronavírus. Entre as medidas mais rigorosas adotadas pelo município leopoldense está a restrição completa de atividades ao longo de quatro dias, o que fez com que melhorasse os indicadores de saúde.  

Administrada pela quarta vez pelo prefeito petista Ary Vanazzi, que também é presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), a cidade já decretou lockdown de quatro dias, determinou regras bem mais rígidas de isolamento social e fez investimentos na rede básica de saúde e no Hospital Centenário (HC), o único da cidade e que atende 100% SUS. Tal medida fez o município revertesse o quadro de colapso anunciado em março.


Bolha de Respiração Individual Controlada foi desenvolvida no Hospital Centenário / Thales Ferreira

A mais recente notícia é uma nova tecnologia chamada de Bolha de Respiração Individual Controlada, a BRIC. Desenvolvida e aplicada no HC, a tecnologia foi mencionada em matérias no The New York Times, do Globo e do Hellas Journal de Moscou .

Joeser Brasil de Souza , 33 anos, que usou por 4 dias a bolha respiratória teve alta agora teve alta nesta segunda-feira (19). "Foi muito bom, estava preocupado por talvez ter que ser intubado, consegui respirar bem, me senti tranquilo e agora comemoro ter saído da UTI"’, comentou o paciente que se recuperou com o uso da BRIC no momento de sua alta.

A tecnologia consiste em uma bolha impermeável, transparente, vedada e inflável que tem conexões respiratórias que permitem a oxigenação pulmonar reduzindo o esforço do paciente e sem a necessidade de sedação. "Isso faz com que reduza a necessidade de intubação, proporciona maior conforto respiratório do doente e com certeza vai nos ajudar a salvar mais vidas", explica o prefeito.


A cidade leopoldense foi mencionada em matérias no The New York Times, do Globo e do Hellas Journal de Moscou / Reprodução

Conforme pontua a administração municipal, o Hospital Centenário, além de apostar em tecnologias, ampliou a capacidade de atendimento tanto em leitos clínicos como de UTI, inclusive bancados com recursos próprios da prefeitura, que mesmo com todo o colapso na rede de saúde nacional, conseguiu atender aos pacientes da cidade e de outras da região. Mesmo sendo o hospital que recebe o menor aporte de recursos do governo estadual, pouco mais de R$ 750 mil mensais. 

"Além dos investimentos na área covid, contamos com a assessoria do Hospital Sírio Libanês para a qualificação da Emergência do hospital e também parceria com a Faculdade de Medicina da Unisinos, tanto no Centenário como na rede básica de saúde", expõe Vanazzi, destacando que a cidade tem o menor índice de letalidade por 100 mil habitantes na região e que o município vacinou cerca de 13% da população, com aplicação de 91% das doses recebidas até o momento. 


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Edição: Marcelo Ferreira