Rio de Janeiro

ÁGUA E SANEAMENTO

Trabalhadores da Cedae protestam no RJ para pedir suspensão de leilão da companhia

Mobilização tem apoio de trabalhadores canadenses, cujos fundos de pensão integram empresa que arrematou lote

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Cedae privatização
Trabalhadores entregaram uma carta das entidades sindicais do Brasil e do Canadá pedindo a suspensão do leilão da companhia - Reprodução

Trabalhadores da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) fizeram nesta sexta-feira (11) uma manifestação em frente ao Consulado do Canadá, em Copacabana, na Zona Sul da capital fluminense, contra a privatização da estatal, cujo leilão ocorreu no final de abril.

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A manifestação teve o apoio de trabalhadores canadenses e sindicatos daquele país, já que a Iguá Saneamento, empresa vencedora na disputa por um dos lotes do leilão, conta com recursos do fundo de pensão canadense CPP, de trabalhadores.

O “bloco 2”, avaliado como o segundo mais caro no leilão, foi arrematado pelo consórcio Iguá, que ofereceu o maior lance por ele, de R$ 7,286 bilhões - um ágio de 129,68% sobre a outorga mínima exigida.

Durante o ato desta sexta-feira (11), os trabalhadores da Cedae ergueram uma bandeira em frente ao edifício da representação canadense no Brasil e lembraram que a nova gestão da companhia planeja demitir 4 mil funcionários e que outros 3 mil postos de trabalho indireto relacionados à empresa serão extintos.

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Na ocasião, foi entregue uma carta solicitando a retirada dos grupos investidores canadenses e suspensão do leilão. O ato aconteceu simultaneamente a manifestações de diversas entidades sindicais em São Paulo, Brasília e em Montreal, no Canadá.

Os funcionários da Cedae também afirmaram que não é prioridade da nova administração da companhia atender às regiões do estado consideradas mais pobres ou que tenham problemas com tráfico e milícia. No leilão, chamou a atenção de especialistas o fato de as concorrentes rejeitarem os blocos menos rentáveis.

Edição: Eduardo Miranda