Paraná

Greve

Trabalhadores da Subestação de Furnas fazem greve contra a privatização da Eletrobrás

Greve ocorre em protesto contra a votação prevista no Senado, esta semana, da privatização da Eletrobrás

Paraná |
Trabalhadores da Subestação de Furnas, em Foz de Iguaçu/PR, estão em greve de 72 horas contra a privatização da Eletrobrás - Divulgação

Mais de 70 trabalhadores da Subestação de Furnas, em Foz de Iguaçu, no Paraná, entraram em greve nesta terça feira, 15, contra a privatização da Eletrobrás e outras pautas da categoria.  A greve é nacional e será de 72 horas. Os grevistas  pedem a retirada da pauta de votação do Senado da MP1.031/2021 que trata da descapitalização da Eletrobrás. 

Segundo Paulo Henrique Zuchoski, presidente do Sindicato dos Eletricitários de Foz de Iguaçu, a decisão pela greve foi definida em Assembleia. “Já tínhamos tirado como decisão o estado permanente de greve. E, aguardávamos sair a pauta de votação do Senado para deflagrar a greve de72horas. Está na pauta a votação da MP1.031/2021, proposta do governo Bolsonaro, que quer reduzir sua participação no capital da Eletrobrás. Quer comercializar ações que tem em seu poder. O Governo brasileiro tem em torno de 52%do capital da Eletrobrás. A ideia é vender estas ações para entregar o controle acionário para iniciativa privada,” explica. Os grevistas querem a retirada da MP da pauta do Senado.


Em greve: Trabalhadores da Subestação de Furnas, em Foz de Iguaçu/PR / Divulgação

A Medida Provisória (MP) 1031 deve ser votada no Senado nesta quarta (16). Para o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), a proposta visa beneficiar banqueiros e especuladores, que sustentam o governo de Jair Bolsonaro. A empresa é responsável por 44% da geração deenergia elétricado país e 52% da capacidade de armazenamento de água. Outro alerta que fazem os grevistas é que algumas mudanças foram propostas ao texto da MP, que trazem ainda mais prejuízos.  Entre as mudanças propostas está, por exemplo, obrigar o governo a contratar 6 mil megawatts de usinas térmicas a gás mesmo onde não há reservas nem sequer infraestrutura para transportar o insumo, ente outros itens.

Além da pauta contra a privatização da Eletrobrás, os trabalhadores em greve exigem o cumprimento do acordo coletivo nacional e específico e a revisão da demissão de trabalhadores e trabalhadoras.

Edição: Lia Bianchini