Rio de Janeiro

INVESTIGAÇÃO

Polícia do RJ troca delegado do caso Marielle Franco e Anderson pela quarta vez

Execução da vereadora e de seu motorista completará quatro anos em 2022, mas investigação não descobriu quem é mandante

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Vereadora do Psol foi assassinada no dia 14 de março de 2018 na Zona Norte do Rio - Renan Olaz/ Câmara Municipal do Rio

O delegado Henrique Damasceno, responsável pelo caso Henry Borel, foi anunciado pela Polícia Civil como o novo titular da Delegacia de Homicídios (DH) da capital fluminense. Com isso, a investigação sobre a execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que se arrasta desde 2018, terá seu quarto delegado.

Com isso, o delegado Moysés Santana, que estava desde setembro do ano passado à frente das investigações sobre a morte da vereadora e de seu motorista, deixa o caso. Desde a execução, a investigação trocou de chefia outras duas vezes. Na época, Santana substituiu Daniel Rosa, que já havia ocupado o posto do delegado Giniton Lages, que era titular quando o crime ocorreu.

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Nas redes sociais, o Instituto Marielle Franco questionou as sucessivas mudanças no comando do caso. "Trocaram o delegado do caso Marielle pela 4° vez. Já são mais de 3 anos sem respostas! Por que tantas trocas no comando das investigações? Por que tanta demora?".

Sob Moysés Santana, a equipe investigou um possível complô entre os intermediários e os mandantes da execução, até hoje desconhecidos na investigação. Na época, o ex-PM Ronnie Lessa, atualmente preso pela morte da vereadora, apontou Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão da Polícia Militar do Rio, como responsável pelas mortes.

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Lessa e o também ex-PM Élcio Queiroz estão presos desde 2019 e vão a júri popular por terem matado Marielle e Anderson, mas até hoje as sucessivas equipes de investigação não elucidaram quem foram os mandantes da execução.

Edição: Eduardo Miranda