Rio Grande do Sul

VACINAÇÃO

RS reduz de 12 para 10 semanas o intervalo da segunda dose da Astrazeneca e Pfizer

Também foi definida priorização da vacinação de lactantes e ampliação para crianças e adolescentes com comorbidades

Brasil de Fato | Porto Alegre |
De acordo com a prefeitura de Porto Alegre o objetivo é a aplicação de 600 mil doses à medida que os imunizantes cheguem à Capital - Foto: Alex Rocha/PMPA

A suspeita de dois casos da variante delta (com origem na Índia) no Rio Grande do Sul levou o governo estadual a antecipar de 12 para 10 semanas a aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19 dos fabricantes Astrazeneca e Pfizer. O objetivo é garantir melhor resposta imune para essa nova variante, uma vez que apenas uma dose é pouco efetiva.

“Para essa cepa, é ainda mais necessário ter o esquema vacinal completo”, explica a diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde do RS, Ana Costa. “Temos nesta semana um novo cenário na pandemia em território gaúcho, com duas suspeitas dessa variante, que se mostrou mais agressiva. Diminuímos o intervalo dentro da margem de segurança da efetividade da vacina, e acelerar a imunização completa da população com a dose 2”, completou a diretora.

A decisão foi tomada em reunião, nesta segunda-feira (12). A Secretaria da Saúde (SES) informa que foi levado em conta que o estado tem 687.105 doses da Astrazeneca reservadas para serem distribuídas às Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e aos municípios nos próximos dias. Quanto a Pfizer, o adiantamento da aplicação não trará impacto neste momento, uma vez que não há remessas com prazo para dose 2 até o início de agosto.

“É muito importante deixar claro que há um fato novo, que muda o cenário da vacinação no estado. Precisamos evitar ao máximo a contaminação por uma nova variante, agindo em todas as frentes para evitarmos mais internações e mortes”, explicou o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS), Maicon Lemos, que participou presencialmente da reunião na Secretaria da Saúde.

Conforme o Executivo estadual, todas as remessas que o RS receber daqui para frente das duas fabricantes utilizarão o intervalo de 10 semanas. De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, este intervalo diminui individualmente a proteção contra a doença, mas é efetiva para interromper uma possível circulação da variante delta. As próximas remessas que chegarem ao estado deverão ficar reservadas para garantir o tempo de aplicação da segunda dose dentro do prazo.

Lactantes

Também foi definida a priorização da vacinação de lactantes, mães que estejam amamentando bebês com até 11 meses e 29 dias. Essa estratégia visa a proteção dos bebês ao serem amamentados por mães vacinadas. As mães nesta situação poderão adiantar a aplicação da vacina, independentemente da faixa-etária. O governo destaca que que não serão distribuídas doses extras para esse grupo, sendo que a organização e o chamamento dessa população ficará a cargo dos municípios.

Crianças e adolescentes

Também foi aprovado a ampliação da vacinação de crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos, 11 meses e 29 dias que apresentem comorbidades com o imunizante da Pfizer. Esta vacina tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a faixa etária. “Todas as pessoas com essa idade que vieram a óbito no Rio Grande do Sul tinham alguma comorbidade”, explicou a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos.

Esse grupo começará a ser vacinado a partir da próxima distribuição, em que o estado enviará doses específicas para a faixa etária. O Cevs publicará nota técnica especificando as comorbidades que serão abrangidas.

* Com informações do Governo do RS


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Edição: Marcelo Ferreira