Rio Grande do Sul

Formação

Saúde mental é tema neste sábado (17) do projeto "Formando Multiplicadores de Cidadania"

Poetas Vivos dão continuidade à série de encontros virtuais que debate temas considerados tabús nas escolas

Brasil de Fato | Porto Alegre |
“Saúde mental num ambiente racista e racializado” é o segundo episódio do projeto "Poetas Vivos - Formando Multiplicadores de Cidadania" - Reprodução

Qual a relação entre a saúde mental de jovens pretos e a evasão escolar? De que forma a escola deve intervir para que a saúde mental não seja motivo de abandono? Quando sei que um aluno meu precisa de atendimento? Quais cuidados a escola deve ter para manter a saudável a saúde mental de seus alunos?

Estas e outras perguntas estão no foco do debate “Saúde mental num ambiente racista e racializado”, que compõe o segundo episódio do projeto "Poetas Vivos - Formando Multiplicadores de Cidadania", que vai ao ar neste sábado, dia 17 de julho, às 15h. Discutindo estas questões, estão as psicólogas Andressa Moraes e Caroline Damazio e o poeta, escritor e performer Hercules Marques, com mediação de Felipe Deds e performance poética de Hercules e Deds. A transmissão é pelo canal do Youtube do coletivo Poetas Vivos.

Confira o vídeo de apresentação do projeto:

Sobre os palestrantes

Hercules Marques, nascido em 1998 e criado na zona Sul da cidade de São Paulo, é um jovem preto, pan-africanista, escritor, poeta e mantenedor da página Jovem Preto Rei no Instagram e Youtube, onde faz publicações de textos e vídeos sobre amor, autoestima e autocuidado para pessoas pretas.

Andressa Moraes é psicóloga formada na UFRGS. Atua com psicologia clínica, realizando atendimentos individuais online (devido à pandemia) com jovens e adultos, além de projetos eventuais de acolhimento coletivos. É pesquisadora dos processos de subjetivação, nomeação e psicologia preta/africana. É uma jovem fomentadora da educação social e cultura nas periferias da cidade, atuando em diversas frentes coletivas do movimento negro.

Caroline Damazio é psicóloga clínica e social pela UFRGS e mestra em Saúde Coletiva também pela mesma instituição. De 2016 a 2018 atuou como apoiadora institucional na Cooperação Interfederativa para o enfrentamento do Hiv/Aids do Rio Grande do Sul. É coordenadora executiva da Associação Cultural de Mulheres Negras (ACMUN).

Sobre o projeto

Poetas Vivos - Formando Multiplicadores de Cidadania tem como objetivo central a inclusão da arte na educação, pautando questões raciais, de gênero e de desigualdades presentes no ambiente escolar. A formação busca aliar a arte de rua, como o Slam e o Hip Hop, a debates referente ao racismo, questões de gênero e LGBTfobia, saúde mental, autoestima e relações interpessoais na escola. Os participantes recebem certificação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por meio de uma parceria via projeto de extensão realizado com o Grupo de Pesquisa em Socialização, Estratificação e Trajetórias Juvenis e Educacionais (GESET).

A grade artística e técnica reúne profissionais de diversas áreas, como saúde, psicologia, educação, moda, teatro, entre outras. A primeira formação ocorreu no dia 10 de julho as próximas serão nos dias 24 e 31 de julho, sempre aos sábados, pelo canal do Youtube do coletivo Poetas Vivos. O projeto é viabilizado por meio do Edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura em Parceria com a Fundação Marcopolo, com recursos oriundos da Lei nº 14.017/2020, a Lei Aldir Blanc.

Sobre a Iniciativa Cultural Poetas Vivos

Poetas Vivos é uma iniciativa afrocentrada que fomenta a arte e a educação negra e periférica. O coletivo foi criado em 2018 por jovens artistas negros de Porto Alegre. Atua diretamente em escolas, universidades, espaços comunitários e públicos, desenvolvendo oficinas, palestras, batalhas de poesia e freestyle, abordando a ERER, o racismo, a desigualdade econômica, social e ambiental, fomentando a implementação das Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que obrigam o ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena em todo o âmbito escolar. Ao longo dos dois anos de existência, a iniciativa cultural já esteve presente nos mais importantes eventos e campeonatos de poesia falada no estado e no Brasil. 

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Edição: Marcelo Ferreira