Os novos ânimos internos no Maior do Nordeste permitiram um processo curioso e bacana na Ilha. A proposta de transparência administrativa também está sendo assumida pelos jogadores, ao se pactuar o recebimento de 70% dos salários e o restante com os recursos da permanência na Série A. Ou seja, na matemática, talvez seja um empréstimo, que o clube vai pagar mais cedo ou mais tarde. Óbvio que o interesse geral é para que pague os 30% ao final do Brasileirão. Mas, por outro lado, o simbolismo do acordo traz outro patamar para um elenco que recentemente demonstrava insatisfação e desconfiança com as gestões anteriores.      

Ao mesmo tempo, há outros percentuais que permanecem assustando. A mesma diretoria nova que puxou para si a promessa de sacrifício vai identificando as “caixas secretas” que aumentam a já astronômica dívida oficial do clube. Pelo que foi apresentado pela nova gestão, um processo de auditoria descobriu, pelo menos, um percentual amargo de 50% das dívidas. O que era anunciado como cerca de R$ 200 milhões “no pendura”, virou quase R$ 300 milhões pelas contas que estariam “por debaixo dos panos”. Entre percentuais de esperanças ou de dívidas, o Sport precisa acertar os pés e manter 100% dessa proposta de transparência e franqueza pelos próximos tempos.

*Daniel é torcedor do Sport

 

Edição: Vanessa Gonzaga