Os passos em busca do equilíbrio estão sendo dados. Internamente, é notório que o ambiente de rusgas e provocações deu espaço a um clima mais ameno e conciliador. Uma conjuntura que parece ter sido “consertada” a partir da mudança da gestão. Ou seja, há uma sensação (e torcemos que seja isso!) de que as únicas heranças que ficaram foram as dívidas astronômicas que se arrastam nas contas do clube. Mesmo assim, dia a dia as aspirações parecem mais empolgantes. 

Ao mesmo tempo, em campo, apesar dos passeios constantes pelo Z4, o Sport traz esperanças de dias melhores na temporada. A defesa permanece como o maior trunfo, igualmente como no último Brasileirão. Sinceramente, não vejo necessariamente como problema um clube que saiba mais se defender que atacar. Mas os números atuais do Leão da Ilha apontam um extremismo ainda preocupante na dificuldade em fazer gols. 

Ver os jogos do Sport é ter a convicção de que uma solução para buscar o equilíbrio em campo passaria por uma questão estrutural de transição entre defesa e ataque. A tese é ecoada pelo próprio Umberto Louzer, que destaca, ao mesmo tempo, que essa situação não se muda “da noite para o dia”. 

Porém, a própria análise do treinador do Sport traz embutida uma possível resposta esperançosa. É que o fato de estar apenas no Brasileirão faz com o que Sport tenha mais passagens “da noite para o dia” que boa parte dos seus concorrentes. Ou seja,  a quantidade maior de dias para treinamentos por estar disputando apenas o Brasileirão. O próprio calendário aponta várias rodadas com jogos apenas no final de semana. 

Assim como a arrumação do ambiente interno, é preciso paciência entre os dias para organizar a postura em campo. Mas é necessário também ver resultados quando as condições são favoráveis em quantidade de dias e qualidade de ânimos.

*Daniel é torcedor do Sport

 

Edição: Vanessa Gonzaga