Rio Grande do Sul

SAÚDE

Trabalhadores da Atenção Básica de Porto Alegre ocupam prédio da SMS em defesa do SUS

Ação pede fim das demissões no Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) e chamamento de concursados

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Parte dos manifestantes protestou em frente à Secretaria Municipal da Saúde enquanto outro grupo ocupou o prédio - Foto: Divulgação Simpa

Trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família, sindicalistas, vereadores e usuários do SUS ocuparam parte do prédio da Secretaria Municipal da Saúde nesta quinta-feira (11). Eles reivindicam o fim das demissões no Instituto Municipal de Estratégias de Saúde da Família (Imesf) e cobram um posicionamento da gestão municipal em relação ao destino da Atenção Básica na Capital.

Após o protesto no pátio da Secretaria e com parte dos trabalhadores ocupando salas do prédio, um grupo de manifestantes foi recebido por representantes dos gestores. A presidenta do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (SERGS), Cláudia Franco, participou da reunião e reiterou a posição do SERGS em defesa da Atenção Básica. Conforme ela, os postos de saúde estão sem profissionais em número suficiente para atender a população.

Além disso, afirmou que o serviço prestado pelas terceirizadas não cria vínculos com a comunidade e precariza as relações de trabalho. “Os sindicatos já apresentaram várias propostas mostrando ser mais viável e econômico para o município manter as equipes, mas por decisão política a prefeitura segue optando pela privatização”, afirmou.

Uma usuária moradora do bairro Jardim Leopoldina, Carolina Herrmann Heck, questionou os representantes da prefeitura sobre o futuro da Atenção Básica na cidade. “O governo está fazendo um desmame, mandando embora profissionais muito qualificados que atendiam uma população de mais de 18 mil pessoas, só na Zona Norte da cidade”, disse ela.


Servidores permaneceram mobilizados dentro da SMS / Foto: Laura Glüer

Os trabalhadores presentes ao ato desabafaram e relataram toda a importância do seu trabalho e o impacto das demissões nas suas vidas. Por volta das 10h30 da manhã, as portas do prédio da Secretaria foram fechadas e passaram a ser vigiadas pela Guarda Municipal.

Os funcionários que estavam dentro do prédio receberam a informação de que, se saíssem, não poderiam mais entrar no estabelecimento. Decidiram então ficar dentro do prédio da SMS e lá permanecem na expectativa de serem recebidos pelo Secretário Municipal de Saúde, para impedir que prossigam as demissões no Imesf e pedir que sejam chamados novos trabalhadores já aprovados em concurso.


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Edição: Marcelo Ferreira