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Programa Bem Viver celebra cultura popular do Nordeste brasileiro

Forró e repente, são parte da edição de hoje, que celebra o aniversário de Luiz Gonzaga

Ouça o áudio:

"Rei do baião", Luiz Gonzaga completaria hoje 109 anos
"Rei do baião", Luiz Gonzaga completaria hoje 109 anos - Reprodução
Forró, "supergênero" musical, engloba ritmos como o xote, o baião e o arrasta-pé

Hoje, 13 de dezembro, é comemorado o Dia Nacional do Forró. Por decisão unânime, o conselho consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) reconheceu o estilo como um Patrimônio Cultural Brasileiro. E por reunir diferentes ritmos, como arrasta-pé, baião, chamego, quadrilha, pé-de-serra, xaxado e xote, o forró foi considerado também um “supergênero musical.

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“A gente considera que o forró tem alguns elementos mais tradicionais, com caráter de matriz, e isso engloba gêneros como o xote, o baião, o arrasta-pé e instrumentos como a sanfona, a zabumba, a rabeca e os pífanos”, disse o professor de etnomusicologia Carlos Sandroni a edição de hoje do Programa Bem Viver.

O Dia Nacional do Forró marca também o nascimento, há exatos 109 anos, do "rei do baião": o músico Luiz Gonzaga, natural da cidade de Exu, no sertão pernambucano. Para celebrar, o maior acervo digital de Luiz Gonzaga ganha hoje uma nova versão: é o site luizluagonzaga.com.br, que reúne discos, fotos e documentos raros do aniversariante do dia. Quem mantém o projeto é o pesquisador Paulo Vanderley, um apaixonado pelo legado do rei baião.

E, mantendo o ritmo, o Brasil de Fato também ouviu a cantora pernambucana Anastácia. Hoje com mais de 60 anos de carreira, a artista gravou o primeiro disco em 1960 e nunca mais parou. São 36 álbuns e mais 800 canções gravadas.

“O forró é tudo em minha vida! O prazer de fazer uma coisa que gosto é imensurável”, disse Anastácia, que foi casada com o sanfoneiro Dominguinhos, em uma parceria que rendeu nada menos que 200 canções. A forrozeira também teve diversas composições gravadas por vozes de renome como Ângela Maria, Nana Caymmi e José Augusto, além de artistas internacionais.

Repente

O Bem Viver segue de olho nas artes reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil e apresenta a tradição e a contemporaneidade dos repentistas. A criação de versos de improviso segue com as novas gerações, com um recado importante: as mulheres também estão contando essa história!

No último dia 11 de novembro, o Iphan também oficializou o reconhecimento do repente como patrimônio cultural do país.

Povos tradicionais

Mais um episódio do governo do presidente Jair Bolsonaro coloca em xeque a segurança das populações do campo: uma proposta federal pretende considerar pecuaristas e garimpeiros como povos tradicionais.

A proposta gerou críticas de especialistas e de membros de movimentos populares, já que reforça a história de concentração de terras e exploração da mão de obra rural. Uma das formas de resistência de grupos como quilombolas, indígenas, ribeirinhos e pescadores é exatamente a possibilidade deles se afirmarem dentro de uma identidades cultural coletiva.

Farmácias Vivas

Já ouviu falar sobre as Farmácias Vivas? Trata-se de um projeto do Sistema Único de Saúde (SUS) que alia ciência e saberes ancestrais incentivando e divulgando o uso de plantas medicinais como aliadas em tratamentos médicos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já registrou ao menos 400 prescrições médicas baseada em saberes populares e remédios fitoterápicos.


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Edição: Sarah Fernandes