Paraná

EDITORIAL PARANÁ 251

EDITORIAL. Bolsonaro vai pra guerra eleitoral, enquanto Brasil afunda

Cabe a Lula e às forças populares apresentar ao povo um programa com medidas que resolvam os problemas sociais

Curitiba (PR) |
O mais recente escândalo é o áudio da irmã do miliciano Adriano Nóbrega afirmando que teriam sido oferecidos cargos no Planalto para que fosse morto e, os laços com a família do presidente, escondidos - Aílton de Freitas

Desde já, a disputa eleitoral se acirra, polarizada entre a liderança de Lula contra Bolsonaro. Em pesquisa recente, a diferença entre os dois aponta para 44% e 30% no primeiro turno. Desta vez, porém, os números de Bolsonaro tiveram leve aumento. Mesmo que mantenha forte rejeição.
Em meio ao desemprego e à inflação geral, Bolsonaro apresenta recuperação apoiada em viagens, medidas sociais pontuais e anúncios de obras em ritmo de campanha. Para agradar ao grande capital, realiza 84 leilões de concessão de rodovias, ao lado da tentativa de privatizar seis portos a toque de caixa. E ameaça de privatização da Petrobras.
Denúncias se somam e apontam o vínculo da família presidencial com milícias. O mais recente escândalo é o áudio da irmã do miliciano Adriano Nóbrega afirmando que teriam sido oferecidos cargos no Planalto para que fosse morto e, os laços com a família do presidente, escondidos. Por tudo isso, motivos não faltam para a queda do governo, pressionado outra vez nos atos de rua, no dia 9 de abril.
Por sua vez, a candidatura de Lula carrega as aspirações do campo democrático e de esquerda. Cabe neste momento a Lula e às forças populares apresentar ao povo um programa com medidas que resolvam os problemas sociais e combatam o modelo neoliberal, que tanto piorou a vida desde 2016.

Edição: Frédi Vasconcelos