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Em Pernambuco, movimentos lançam comitês populares visando luta por direitos

Atividade acontece na manhã deste sábado (22), no Armazém do Campo Recife; comitês se multiplicam Brasil afora

Brasil de Fato | Recife (PE) |
A ideia é que os comitês existam no máximo de regiões do estado, se espalhando por municípios e bairros - Olívia Godoy

Na manhã deste sábado (23) dezenas de militantes de diversos movimentos populares e organizações sociais se reúnem no Armazém do Campo a partir das 9h. A atividade é uma plenária de lançamento dos “Comitês Populares de Luta”. A ideia é que os comitês que já se espalharam pelo estado se somem para discutir a construção de novos comitês, especialmente na Região Metropolitana do Recife. O economista João Pedro Stédile, dirigente nacional do MST, apresentará uma análise de conjuntura.

Devem estar presentes militantes de movimentos de mulheres, juventude, movimento negro, sindicalistas, grupos comunitários e militantes de movimentos rurais, além de parlamentares do campo da esquerda. Qualquer pessoa interessada pode participar, mas a organização pede os interessados se inscrevam através de um formulário. O Armazém do Campo fica na avenida Martins de Barros, nº 395, bairro de Santo Antônio, centro do Recife.

Na leitura dos movimentos, o momento pede a ampla construção de lutas por direitos, como moradia, emprego e alimentação e os comitês devem ser locais de efervescência dessas lutas a partir de cada realidade, mas observado os elementos gerais da conjuntura. “Precisaremos sustentar um programa popular, que recupere os direitos das trabalhadoras e trabalhadores. Por isso esse processo dos comitês precisa ser amplo e massivo”,  afirma Gleisa Campigotto, militante do Movimento Brasil Popular.

A ideia é que os comitês existam no máximo de regiões do estado, municípios, bairros, ruas. Mas não se organizem apenas por localidade, podendo ser um comitê formado por estudantes de uma mesma escola ou faculdade, ou de um mesmo curso, que frequentem uma mesma igreja ou terreiro, por exemplo.

O objetivo é que todas as pessoas dispostas a participar das atividades ou contribuamde algum modo (presencial ou online) como comitê. Mesmo que o militante integre algum partido ou movimento, a participação no comitê é individual.

É sugerido que cada comitê tenha entre 10 e 15 pessoas. Uma quantidade muito grande de pessoas pode tornar as reuniões extensas, dificultando definições de ações práticas. Mas a ideia é envolver o máximo de pessoas possível, de modo que os comitês devem abrigar todos os interessados e, caso o número de integrantes se torne muito grande, o comitê pode ser dividido em dois grupos distintos, diversificando sua atuação.

Também é sugerido que todos os comitês mantenham contato com outros comitês na sua cidade e no estado, além de ter contato com o as secretarias dos comitês populares, através da páginas em redes sociais (@comitepopularoficial) e do e-mail ([email protected]), para manter um alinhamento estratégico e para receber material. Mas as palavras de ordem são criatividade e disposição.

Itambé

Nesta sexta-feira (22), às 19h, haverá a primeira ruenião do Comitê Popular de Luta de Itambé, na zona da mata norte de Pernambuco. A atividade acontece no bairro Loteamento Figueiredo, conhecido como Buracão.

Edição: Vanessa Gonzaga