Rio Grande do Sul

Dia do Trabalhador

Assembleia Legislativa do RS realiza sessão solene alusiva ao 1º de Maio

Neste domingo (1º), centrais sindicais promovem ato unificado e cultural no Parque da Redenção, em Porto Alegre

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Parlamentares de várias bancadas revezaram-se na tribuna do Plenário 20 de Setembro para registrar a data - Foto: Celso Bender / Assembleia Legislativa do RS

Na tarde desta quarta-feira (27), a Assembleia Legislativa do RS realizou uma sessão solene alusiva ao Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, celebrado no próximo domingo, 1º de maio. Parlamentares de várias bancadas revezaram-se na tribuna do Plenário 20 de Setembro para registrar a data. Dirigentes da CUT-RS, CTB-RS e Via Campesina acompanharam os trabalhos na mesa do parlamento gaúcho.

Em sua fala, o deputado estadual Pepe Vargas (PT) destacou que o dia 1º de maio não é somente um momento festivo, mas sim um espaço de memória das lutas da classe trabalhadora para firmar seus direitos em escala internacional. Ele relembrou a origem da data, com as lutas e greves dos trabalhadores, buscando a redução da jornada de trabalho e o estabelecimento de piso mínimo de salário, entre outras reivindicações.

"Nessa sessão solene, queremos fazer uma homenagem a todos os trabalhadores e trabalhadoras que, ao longo da história, lutaram para construir direitos da classe trabalhadora, os que lutam nos dias atuais por esses direitos. Espero que esta casa se some às vozes que denunciam esse desmonte dos direitos trabalhistas para que a gente possa construir um estado melhor para todos e todas", afirmou.

Ainda em sua intervenção o parlamentar criticou a falta de reajuste do piso salarial regional no RS, em 2020. O parlamentar também protestou contra o brutal retrocesso em relação às normas de saúde e segurança do trabalho e aos direitos previdenciários e trabalhistas. Lembrou ainda que a reforma trabalhista "ampliou enormemente a exploração do capital sobre o trabalho, precarizou as condições de trabalho e reduziu a renda dos trabalhadores e das trabalhadoras" e que "o governo Bolsonaro acabou com a política de valorização e ganho real do salário mínimo".

Para a deputada Juliana Brizola (PDT), falar sobre o dia dos trabalhadores é falar sobre luta, resistência, dignidade, suor e perdas. Ela pontuou sobre as constantes retiradas de direitos dos trabalhadores no país, desde a reforma trabalhista no governo Temer. Ela também fez um resgate histórico para mostrar como os trabalhistas atuaram para fazer do Brasil um lugar mais justo, citando as atuações de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. 

Na avaliação de Juliana, faltam políticas públicas para promoção de empregos e renda e as voltadas à mulher e mãe trabalhadora. Ainda destacou a informalidade no mercado de trabalho, já que 38 milhões de brasileiros não têm vínculo formal.

A deputada Luciana Genro (PSOL) se manifestou “em apoio aos trabalhadores, que enfrentam um período de extremas dificuldades”. Segundo ela, “vivemos um momento de desemprego brutal, que atinge principalmente mulheres e negros, pobreza e precarização das relações de trabalho. A reforma trabalhista, que prometia empregos, só trouxe mais miséria”.

Luciana considera que o parlamento gaúcho tem o dever de enfrentar as causas do “drama que corrói o povo e leva as famílias brasileiras à extrema pobreza, começando por assegurar um reajuste digno para os servidores”, que acumulam perdas salariais de mais de 50%.

Houve ainda manifestações dos deputados Beto Fantinel (MDB), Paparico Bacchi (PL) e Airton Lima (Podemos).


Ato acontecerá junto ao Espelho d’Água, no Parque da Redenção / Foto: Divulgação

Ato unificado e cultural de 1º de Maio

Neste domingo, 1º de maio, as centrais gaúchas promoverão um ato unificado e cultural, das 10h às 13h, junto ao Espelho d’Água, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. Haverá um momento ecumênico, manifestações de dirigentes das centrais e partidos políticos e apresentações de artistas locais, valorizando a cultura.

O ato está é organizado pela CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical, CSP-Conlutas, Pública e Fórum Sindical e Popular. 

*Com informações da CUT-RS com Assembleia Legislativa do RS


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Edição: Marcelo Ferreira