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Pernambuco tem 19 notificações de monkeypox, a varíola dos macacos; saiba como se proteger

Dos casos notificados, 11 estão em investigação, 7 foram confirmados e 1 foi descartado

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Recife concentra maioria dos casos - AFP

Com o Brasil vivendo uma “situação epidemiológica preocupante” com a varíola dos macacos (monkeypox), conforme definiu a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) Rosamund Lewis, cresce o número de registros da doença em Pernambuco. O Estado confirmou, nessa quinta-feira (28), que há 19 notificações de casos do vírus - 11 em investigação, 7 confirmados e um descartado.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), não há indícios de que haja transmissão local em Pernambuco - ou seja, casos de pessoas que não tenham viajado para o exterior e que tenham se infectado com quem trouxe o vírus de fora do País. Os quadros também não são graves: os pacientes estão em isolamento domiciliar e não precisaram de internamento. 

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Quem acompanha o estado de saúde das pessoas contaminadas são as equipes de Vigilância Epidemiológica dos municípios que registraram as infecções. São eles Recife, que concentra três dos sete casos confirmados, e Jaboatão dos Guararapes (2), ambos na Região Metropolitana, além de dois casos de outros estados, Rio de Janeiro (1) e São Paulo (1). Todos pacientes são do sexo masculino e tem faixas etárias de 20 a 29 anos (3), 30 a 39 (1) e 40 a 49 (3). 

Dos 11 casos investigados, seis são residentes do Recife, dois de Paulista, e um um de Abreu e Lima, na Região Metropolitana; um de Petrolina, no Sertão; e um de Timbaúba, Mata Norte. As idades vão de 20 a 29 anos (7), 30 a 39 (3) e 40 a 49 (1). Dos pacientes, 9 são do sexo masculino e 2 do sexo feminino.

As amostras coletadas estão sendo encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da monkeypox, e para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).

Brasil

O Ministério da Saúde (MS) confirmou, nesta sexta-feira (29), a primeira morte pela varíola dos macacos. O paciente era um homem de 41 anos que estava em tratamento contra linfoma e era imunossuprimido. Ele foi à óbito nessa quinta, em Belo Horizonte.

A atualização mais recente da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do MS, publicado nessa quarta-feira (27), informa que o Brasil tinha 1981 notificações de casos de monkeypox, sendo 978 confirmados, 544 suspeitos e 459 descartados. O maior número de casos é em São Paulo (total de 1187), seguido pelo Rio de Janeiro (255) e de Minas Gerais (177). 

A doença

A varíola dos macacos é causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, da sigla em inglês) e é uma doença mais leve que a varíola mais conhecida, a smallpox, erradicada na década de 1980. 

A monkeypox é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. Também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas por quem está doente.

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Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Sintomas

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. O Ministério da Saúde ainda recomenda o uso de máscaras.

 * Com informações da Agência Brasil

Edição: Vanessa Gonzaga