Pernambuco

COMÉRCIO

Copa do Mundo aumenta vendas de produtos temáticos no comércio informal em Petrolina (PE)

Os artigos foram vendidos o ano inteiro, mas "vendas aumentaram mesmo depois do primeiro jogo da seleção", diz vendedor

Brasil de Fato | Petrolina (PE) |
Os artigos mais buscados são os de confecção, em especial a camisa da seleção brasileira - Foto: Júlia Vasconcelos

Desde a estreia da Copa do Mundo, o comércio tem sido movimentado com a venda de artigos relacionados ao campeonato mundial. O clima esportivo sobressai ao clima natalino e preenche as fachadas das lojas.

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima R$ 1,48 bilhões em vendas no comércio e serviços. Mas não só o comércio formal tem apostado nos artigos para torcedores. Os ambulantes de Petrolina, no sertão de Pernambuco, tem apostado nas confecções, bandeirinhas, vuvuzelas e outros itens nas cores do Brasil. 

Troca de estoque

Na região central do município, concentrados na Avenida Souza Filho, estão alguns dos ambulantes que optaram por adicionar artigos esportivos aos seus produtos. Há, ainda, quem tenha optado por renovar todo o estoque e tenha focado somente nos itens para torcedores. 

É o caso do comerciante informal Rafael Araújo, que já está há 10 anos com uma barraca no centro da cidade, mas decidiu apostar só nas camisas da seleção brasileira neste mês. Segundo ele, as vendas estão "pingando" o ano inteiro. No entanto, nota um aumento desde o início do campeonato mundial.


Nos dias de jogos, os torcedores que deixam para última hora fazem a diferença nas vendas / Foto: Júlia Vasconcelos

"As vendas aumentaram mesmo depois do primeiro jogo da seleção. Decidi focar só nas camisas da seleção. Tem azul, amarela, branca e preta. Por aqui, a que mais sai é a amarela", relata o ambulante. 

Dalva Barbosa, é uma das consumidoras que opta pela camisa tradicional. "Mesmo assistindo aos jogos em casa, quero estar toda de amarelo e verde para dar sorte", afirma, animada. Ela pontua que um dos motivos para comprar no comércio informal é o preço acessível dos produtos.

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Mercadoria esgotada

Na banquinha de Meire Cecília dos Santos, não tem mais vuvuzelas. Depois do primeiro jogo, a procura foi tanta que a mercadoria esgotou. Agora, o foco está nas camisas da seleção e nas bandeirinhas. 

Meire foi estratégica: estendeu um varal próximo ao semáforo, onde possui boa visibilidade e onde os carros param e podem fazer a compra rapidamente. Ao contrário da banca do outro comerciante, ela afirma que o destaque vai para as camisas pretas. "Incrível, eu nunca vi na minha vida isso. A camisa preta está saindo muito. As outras saem também, mas igual a preta, não"

E nem só os animados com os jogos compram. A cliente Fátima Menezes é um caso à parte. "Nem de jogo eu gosto, mas tenho que comprar pro meu filho, não é? Ele ama", partilha. Ela também escolheu a camisa preta. 


Apesar do destaque para as camisas da seleção, Meire não deixou de vender outros produtos / Foto: Júlia Vasconcelos

Segundo a vendedora, houve uma rejeição por uma parte da população das camisas da seleção durante as eleições. Ela vendia tanto camisas da seleção, quanto camisas vermelhas. No entanto, afirma que o cenário agora é outro. "Todo mundo quer usar as cores do Brasil", relata. 

Agora, é renovar o estoque de vuvuzelas e torcer para a seleção brasileira avançar na disputa. "Eu também estou muito animada para os jogos. Tem que estar e passar para os clientes", brinca. 

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Edição: Vanessa Gonzaga