Paraná

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Servidores e usuários exigem retomada de políticas para a Sistema Único de Assistência Social

Primeira Conferência Livre Municipal de Assistência Social envolve entidades, usuários e servidores municipais

Curitiba (PR) |
Conferência Livre Municipal de Assistência Social, 14/06/23 - Foto: Pedro Carrano

*A partir de informações de Imprensa do Sismuc

O Sindicato dos servidores públicos municipais de Curitiba (Sismuc) organizou hoje (14) a primeira Conferência Livre Municipal de Assistência Social dos segmentos de Usuários/as e Trabalhadores/as do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) de Curitiba.

Juliana Mildemberg, presidenta do sindicato, destacou a necessidade das entidades se envolverem no debate da assistência social. “Enquanto entidade e servidores públicos é muito importante todos se envolverem neste debate, já que a assistência social e suas políticas públicas foram construídas pela força de todos os servidores, trabalhadores e movimentos sociais”, afirma. No espaço, ficou evidente a necessidade de maior orçamento público, contratação de servidores, e melhores condições de vida para toda a população.

Representando o segmento de usuários das políticas de assistência social em Curitiba, Danielle Dalavechia, presidenta do Conselho Municipal de Assistência Social, reforçou a importância da população participar dos espaços de discussão do tema, inclusive das Conferências, Conselho Municipal, audiências e reuniões.

“Precisamos nos organizar e nos apropriar dos espaços, inclusive das Conferências, Conselhos e audiências públicas, isso é controle social. Sabemos da nossa realidade, das nossas necessidades e onde devem ser aplicados os recursos públicos definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA), inclusive precisamos brigar por um orçamento mínimo para a assistência em Curitiba, que hoje é de apenas 0,82%, não chega a 1%”, comentou. 

Palestrante já sofreu perseguição no interior da FAS

A primeira expositora no espaço da conferência foi Elaine Batista, servidora da Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS) que representa o segmento dos trabalhadores da assistência social no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), na figura do Conselho Regional de Assistência Social (CREES).

Recentemente, Elaine vivenciou um processo de perseguição e que denunciou como racismo institucional. A servidora respondeu a um processo administrativo disciplinar, devido ao seu posicionamento crítico em relação à postura da gestão municipal durante o despejo forçado de cerca de cem famílias da ocupação Povo Sem Medo.

Em entrevista recente, ao jornal Brasil de Fato Paraná, a servidora falou sobre a ausência de investimentos na assistência social em pleno período de pandemia, quando os governos federal, com Temer e Bolsonaro, e municipal, com Greca, não investiram na área:

“Na pandemia, houve a necessidade de fechamento de três Centros Pop – que atendem exclusivamente à população em situação de rua. Ou seja, a linha de cuidado social da população foi fraturada. Sabemos que os reordenamentos foram necessários devido aos impactos da PEC do Teto de Gastos (Medida aprovada em 2017, durante governo Temer)”.

--
Participe do nosso grupo de notícias! Acesse https://chat.whatsapp.com/Bpo3CaCrm5yGjWnHPEZgE2

Edição: Pedro Carrano e Lucas Botelho