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CENSO

Rio de Janeiro tem 2ª maior densidade demográfica do Brasil e foi onde população menos cresceu

Censo demográfico do IBGE divulgado nesta quarta-feira mostra que Brasil tem mais de 203 milhões habitantes

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
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Censo demográfico do IBGE com os dados estatísticos sobre o Rio e o Brasil foi divulgado nesta quarta-feira (28) - Alexandre Macieira | Riotur

Terceiro estado mais populoso do país, com mais de 16 milhões de habitantes, o Rio de Janeiro é a federação que menos cresceu no Brasil. Segundo o Censo Demográfico de 2022, divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passou de 15,9 milhões em 2010 para 16,1 milhões em 2022, com variação de 0,03%. 

Os demais foram Alagoas (0,02%), Bahia (0,07%) e Rondônia (0,10%).

Os municípios com população acima de 100 mil pessoas que tiveram maior retração percentual da população foram São Gonçalo, no Rio de Janeiro, que chegou a 896,7 mil habitantes (queda de 10,3%), Salvador (-9,6%) e Itabuna (-8,8%), ambos na Bahia. A capital baiana passou de 2,7 milhões de habitantes para 2,4 milhões no período intercensitário.

Com o aumento da população entre 2010 e 2022, atingindo o total de 203,1 milhões de pessoas, a densidade demográfica do país passou de 22,43 para 23,8 habitantes por quilômetro quadrado (km²) no mesmo período. Historicamente, há maior concentração populacional nas regiões litorâneas do território brasileiro.

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal aparece com a maior densidade demográfica (489hab/km2) com seus 2,8 milhões de habitantes que vivem em um território de apenas 5 761 km2 de área. O Rio de Janeiro vem logo em seguida, com 367 hab/km2. Com a maior população do país vivendo em um território de 248.219 km², São Paulo, tem uma densidade de 179/km², a terceira no ranking.

Dados nacionais

Em 1º de agosto de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país.

Nos 150 anos que separam a primeira operação censitária da última, o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 70 e 80, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas.

Mas a série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 60. “Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.

O Sudeste continua sendo a região mais populosa do país, atingindo, em 2022, 84,8 milhões de habitantes. Esse contingente representava 41,8% da população brasileira. Já o Nordeste, onde viviam 54,6 milhões de pessoas, respondia por 26,9% dos habitantes do país. As duas regiões foram as que tiveram a menor taxa de crescimento anual desde o Censo 2010: enquanto a população do Nordeste registrou uma taxa crescimento anual de 0,24%, a do Sudeste foi de 0,45%.

Por outro lado, o Norte era a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes, representando 8,5% dos residentes do país. Essa participação da região vem crescendo sucessivamente nas últimas décadas. A taxa crescimento anual foi de 0,75%, a segunda maior entre as regiões, mas bem inferior àquela apresentada no período intercensitário anterior (2000/2010), quando esse percentual era de 2,09%.

Edição: Eduardo Miranda