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Jornal Boca de Rua apresenta campanha de assinaturas 'Quem tem Boca, vê além'

Em circulação há 23 anos, jornal é o único no mundo feito por pessoas com trajetória/em situação de rua

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A campanha exalta as experiências e os saberes que só quem já viveu na rua conhece bem - Foto: Divulgação

No mês em que completa 23 anos, o jornal Boca de Rua lança a campanha de assinaturas “Quem tem Boca, vê além”. Com o objetivo de destacar o caráter exclusivo do jornal que é, conforme o International Network Street Papers (INSP), o único no mundo feito por pessoas com trajetória/em situação de rua, a campanha exalta as experiências e os saberes que só quem já viveu na rua conhece bem. A assinatura pode ser feita na plataforma Benfeitoria e garante o acesso digital ao conteúdo exclusivo publicado trimestralmente pelo jornal. 

“Quem tem Boca, vê além” porque só quem acompanha o trabalho do Boca descobre uma Porto Alegre que quase ninguém vê. Através do seu trabalho, os jornalistas do Boca de Rua compartilham suas experiências e documentam a realidade da vida nas ruas. Onde comer no Centro quando a grana tá curta, onde usar o banheiro ou tomar um banho de graça e até mesmo onde passar a noite na rua são algumas questões que só quem manja muito de Rualogia é capaz de responder.

Rualogia é, segundo Carlos Henrique, integrante do jornal e criador do conceito, a ciência que estuda os saberes do viver na rua. E quando o assunto é Rualogia, os integrantes do Boca de Rua são Doutores. 

A assinatura deverá ser feita na modalidade mensal recorrente, e o valor varia entre R$10 e R$50. O projeto Boca de Rua tem orientação da Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (Alice), que defende o direito à comunicação. A campanha “Quem tem Boca, vê além” foi elaborada pela Agência Shoot a partir de uma parceria com a Alice/Boca de Rua. 

Mais sobre o Boca de Rua

“Um jornal fala e por isso o nosso tem até o nome de Boca. Mas também escuta o povo da rua, escuta outros movimentos. As pessoas também nos escutam quando compram nosso jornal, a universidade nos escuta quando nos chama para falar do nosso trabalho. O outro lado da cidade nos vê porque nos escuta e nos lê. Ver, falar e escutar. É assim que a comunicação é feita. Nosso grupo é de Porto Alegre e existe há 23 anos, dando trabalho, renda, dignidade e autoestima para seus integrantes. Nós mesmos/as fazemos as matérias, as fotos e, também, somos encarregados/as da gestão do projeto, que é orientado pela Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (Alice)."

Em janeiro de 2022 foi lançado o documentário de temática social "De olhos abertos”, de Charlotte Dafol, que aborda como é feito o jornal. 


Edição: Katia Marko