Pernambuco

COMBATE À FOME

“Sem alimento não tem democracia", diz Dom Limacêdo em inauguração de Cozinha Popular e Solidária no Recife

Além da cozinha, iniciativa do Mãos Solidárias abriga hortas urbanas, o banco de alimentos e o roçado solidário

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Cozinhas populares e solidárias vem sendo impulsionadas na Região Metropolitana do Recife pela campanha Mãos Solidárias desde 2020 - Rebeca Martins

A campanha Mãos Solidárias, uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), junto a outros movimentos populares celebrou a inauguração de mais uma cozinha popular solidária no Recife.

Na última semana, a Cozinha Popular Solidária Alto do Refúgio - Casa Maria Antônia, um espaço dedicado à produção de refeições para a comunidade local, contou também com as bênçãos do Arcebispo Auxiliar Dom Limacedo para o seu funcionamento,

“Sem alimento não tem democracia. Então, a participação popular que vai gerando a consciência do povo e a consciência leva também a participação popular, a gente vai caminhando para um Brasil de todos, o Brasil que queremos que envolva todos e a todas e a gente se sinta um povo, uma nação congregada para viver na justiça e na paz” disse o Arcebispo durante o evento de lançamento.

A Campanha Mãos Solidárias, desde seu início em 2020, tem se dedicado a ações em benefício de comunidades periféricas em Pernambuco. Mais de 40 territórios já foram atendidos pela campanha com atividades que vão de distribuição de máscaras a formação de agentes populares de saúde e comunicação, além da distribuição de alimentos.

Desta vez, em parceria com a Arquidiocese de Olinda e Recife, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Fiocruz Pernambuco, a Associação Mãe Terra e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a campanha chega ao bairro Casa Amarela com a capacidade de produzir, pelo menos, 500 refeições diárias.

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Mas para essa execução, a cozinha precisa de doações, como explica Ana Gusmão, coordenadora da cozinha. “A princípio, nós estamos começando por 100 refeições por semana, mas na medida que a gente consegue mobilizar mais alimentos, a gente pode ampliar esse número e estamos fazendo isso junto com a visita às famílias”, pontua Ana. 

Ana explica que, além da cozinha, outras ações também são potencializadas nos territórios “A cozinha é esse instrumento da metodologia do trabalho urbano do movimento sem terra, entre outras metodologias, que a gente tá construindo como as hortas urbanas, o banco de alimento, o roçado solidário e os processos de formação” ressalta.

Para quem quiser contribuir com doações de alimentos, utensílios de cozinha e materiais de limpeza podem ser entregues diretamente na sede da cozinha, que fica na Rua Senador Oscar Passos, nº 44, Alto do Refúgio - Recife, ou no Armazém do Campo do Recife (Av. Martins de Barros, 387). Para mais informações acesse a conta no Instagram @maos.solidarias.pe.

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Edição: Vanessa Gonzaga