Minas Gerais

PARALISAÇÃO

Docentes e estudantes da UEMG realizaram uma manifestação em BH na manhã desta terça (26)

Professores de 15 unidades paralisaram as atividades contra descaso do governo Zema

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
O protesto denunciou o descaso do governo de Romeu Zema (Novo) com a categoria e com a universidade. - Foto: Reprodução/ Aduemg

Docentes de 15 unidades diferentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) paralisaram as atividades nesta terça-feira (26) e fizeram uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. Estudantes e membros de movimentos populares também participaram do protesto que denunciou o descaso do governo de Romeu Zema (Novo) com a categoria e com a universidade.

Ao todo, mais de 150 manifestantes ocuparam a entrada da ALMG para reivindicar o cumprimento do acordo de greve, firmado em 2016, a recomposição salarial dos professores, além da ampliação e fortalecimento da assistência estudantil.

Em nota, a Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Aduemg), que organizou a manifestação, explicou que o governo estadual se recusa a cumprir com o acordo e opera uma ofensiva de precarização da UEMG.

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“Até hoje, Zema não apresentou nenhuma proposta de reajuste salarial e nossas perdas salariais acumulam 66%. O acordo de greve homologado na Justiça não foi cumprido pelo governo, que também não apresentou nenhum cronograma de novas nomeações”, diz o documento.

O presidente da Aduemg, Túlio Lopes, destaca que, no próximo período, a categoria segue mobilizada para enfrentar o ultraliberalismo e o autoritarismo do governador.

“Os movimentos sindicais, populares e da juventude seguem construindo a unidade na luta contra o governo ultraliberal e autoritário de Romeu Zema”, destaca.

Ao mesmo tempo, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade, que reforçou a convocação do protesto, a pauta a reformulação do Programa Estadual de Assistência Estudantil (Peaes), com reajuste das bolsas, implementação de restaurantes universitários, melhorias na infraestrutura das unidades, entre outros.

“A luta dos estudantes da UEMG pelo fortalecimento da assistência estudantil é histórica. Hoje, nós afirmamos que a UEMG só será do tamanho dos nossos sonhos com a garantia de que nós, estudantes, possamos permanecer na universidade”, afirma. “Para isso, precisamos reformular o Peaes para que o programa subsidie também a construção de restaurantes universitários e moradias estudantis”, explica Paula Silva, que é coordenadora-geral do DCE da UEMG.

Mobilização no interior

Em Passos, no Sul de Minas Gerais, docentes, estudantes e técnicos administrativos aderiram à paralisação e se reuniram, também nesta terça-feira (26), em uma plenária. Pela noite, às 19h30, acontece outro encontro na mesma unidade para discutir o assunto.

Edição: Larissa Costa