Rio Grande do Sul

SOLIDARIEDADE

Em homenagem a Fepal deputada denuncia massacre do povo palestino

Cerimônia proposta pela Laura Sito (PT) homenageou a Federação Árabe Palestina do Brasil

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ao receber a honraria em nome da Fepal, o presidente, Ualid Rabah, dedicou a homenagem aos 27 mil palestinos que já foram mortos - Foto: Thanise Melo

A deputada estadual Laura Sito (PT) homenageou a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) com a Medalha da 56ª Legislatura da Assembleia Legislativa do RS, na noite de quinta-feira (14).

A cerimônia aconteceu no Salão Júlio de Castilhos e contou com a presença de deputadas, deputados, vereadores e vereadoras, além de outras entidades representativas como sindicatos. Para a parlamentar a homenagem foi mais do que um reconhecimento, mas também uma forma de dar voz ao que acontece na Palestina.

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Em sua intervenção Laura Sito ressaltou que “se nós estamos sofrendo essa perseguição de sionistas que pedem a cassação dos nossos mandatos, é porque nós tivemos coragem de dizer que há em curso uma política genocida por parte do Estado de Israel.”

A deputada reafirmou sua posição ao dizer que “nenhuma ação que tente nos desestabilizar, nos silenciar ou tirar o nosso espaço será possível.” Laura assinalou também que este momento é um dos capítulos mais importantes da luta anticolonialista e que “há momentos da história em que só há uma coisa a ser feita, que é ter coragem”.

Ao receber a honraria em nome da Fepal, o presidente, Ualid Rabah dedicou a homenagem aos 27 mil palestinos que já foram mortos nos últimos 69 dias em Gaza. Segundo ele, o maior e mais longevo campo de concentração do mundo.

Ao mencionar o compromisso da deputada Laura Sito com a causa palestina, lembrou que ela tem sido vítima de perseguição sionista por seu apoio e pela coragem de denunciar que há um genocídio em curso e que, assim como a deputada Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas foram ameaçados de cassação.

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O presidente da Fepal lembrou o que ocorre em Gaza desde a ocupação do território palestino pelo Estado de Israel. Desde as condições de vida da população, até a falta de perspectiva de gerações que não conhecem outra vida além do campo de concentração onde são submetidos a viver, sem infraestrutura e acesso a recursos básicos. “Esse cárcere impediu que essas pessoas vissem outro sol, vissem outro céu, vissem outro mar, sentissem outro vento ou conhecessem outra forma de morrer.”

Ualid ainda mencionou o trabalho que a Fepal tem realizado, seja por meio de financiamento à ajuda humanitária aos palestinos em Gaza, por meio de cursos, palestras, pelo combate ao sionismo e pela difusão de informações.

“Este é o papel da Fepal e, apesar das dificuldades, estamos fazendo o que é preciso.” O presidente também agradeceu a honra de representar a entidade nesta homenagem histórica. “Não temam, não pereçam, não acreditem que a Palestina não será livre. O povo palestino é invencível e nós venceremos”, finalizou.


Edição: Katia Marko