Paraná

VISIBILIDADE TRANS

Opinião I Visibilidade Trans: o movimento evoluiu em 20 anos

Lutas trans e travestis garantiram emprego, ocuparam as academias

Apucarana (PR) |
Da esquerda para a direita, Gisele Alessandra, 1° mulher trans advogada falar no STF, Renata Borges e Bruna Ravena, presidente do Conselho Permanente de Direitos Humanos (Coped) - Divulgação

Renata Borges participou em Brasília de um evento no dia 28, quando centenas de travestis, transexuais e não binários de todo o Brasil se uniram para a primeira Marcha Nacional pela Visibilidade Trans. Organizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e pelo Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat), marcou os 20 anos do Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro. Abaixo, Borges enviou o seguinte artigo para o BDF PR:

"Estar em Brasília ocupando as ruas de forma democrática, de forma organizada mostrou quanto movimento evoluiu nesses últimos 20 anos.

Pudemos ver as lutas das nossas "traviarcas" personificando, com trans e travestis tendo emprego, ocupando as academias, como é o caso da nossa Megg Hayara, primeira travesti negra doutora da UFPR.

Também vimos a nossa advogada Gisele Alessandra indo em 2018 ao Supremo Tribunal Federal (STF) e sendo a 1° travesti a falar naquela casa, pós-período Bolsonaro o movimento organizado está se estruturando e reestruturando depois de anos de desmonte de políticas públicas.

O Paraná fez bonito levou uma comitiva plural para Brasília.


Da direita para esquerda Kalika Oliver, Megg Hayara, Alicia Kruger, Renata Borges, Bruna Ravena, Gisele Alessandra, Lana de Kassia e Gabriel / Divulgação

*Renata Borges tem 40 anos, nasceu em Curitiba e escolheu Apucarana para viver, é uma mulher transexual, ativista pelos direitos humanos, pelos direitos LGBT+, contra a discriminação e as desigualdades sociais. É Presidente do PDT de Apucarana.

Edição: Pedro Carrano