Quatro atletas nascidos em Pernambuco representaram o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, sendo dois estreantes e dois que já estiveram em Olimpíadas. A participação dos pernambucanos se encerrou na última terça-feira (6), com a derrota da Seleção de Handebol diante da Noruega. O estado também foi representado por dois técnicos, o do handebol e o da equipe de surfe - este último comemorou duas medalhas. Conheça os seis.
Erica Sena, da Marcha Atlética (20km)
13ª colocada nas Olimpíadas de Paris 2024.
39 anos, natural de Camaragibe, mas mora no Equador.
Em Tóquio 2021 ela estava em 3º lugar restando menos de 500 metros para o fim, mas foi punida com pausa de 2 minutos e encerrou a prova em 11º. Erica foi mãe em 2022, voltou a competir em fevereiro de 2023, mesmo após 1 ano parada, conseguiu conquistar o índice olímpico. Após a prova em Paris, deu entrevistas reconhecendo que ainda se sentia “pesada” devido ao período sem competir. Erica foi 7º lugar nas Olimpíadas do Rio 2016.
Fernando “Balotelli” Ferreira, do Decatlo
25 anos, natural de Pesqueira.
14º colocado nas Olimpíadas de Paris 2024.
Fernando Balotelli fez sua estreia em Jogos Olímpicos em alto nível e já se tornou o 4º melhor decatleta da história o Brasil. Ele pode dizer que se superou: das 10 provas em que competiu, bateu seu recorde pessoal em 5 delas. Ele é o atual 24º colocado no ranking mundial de decatlo e é o atual campeão sul-americano.
Caroline “Naka” Almeida, do Boxe (até 50kg)
29 anos, natural de Paulista.
Eliminada nas Oitavas de Final (primeira luta).
A pernambucana é a atual campeã panamericana da sua categoria, mas em sua estreia em Jogos Olímpicos encarou uma lutadora experiente e bicampeã mundial e acabou derrotada (assista à luta). Carol “Naka” pratica boxe desde os 5 anos de idade e foi a primeira pernambucana campeã brasileira do esporte, em 2021, já em sua primeira participação na competição. Também se saiu bem em sua estreia no mundial de 2022: levou o bronze numa categoria acima, até 52kg. Ela foi ouro nos Jogos Panamericanos de 2023.
Renata Arruda, do Handebol
25 anos, natural de Olinda
7º lugar nas Olimpíadas de Paris 2024
Diferente das Olimpíadas de Tóquio 2021 (9º lugar), quando foi titular, em Paris 2024 a pernambucana foi reserva. Jogou apenas uma partida, contra a França (derrota por 26 x 20). Com 2 vitórias e 3 derrotas, o Brasil foi ao mata-mata, mas caiu ante a Noruega, encerrando a campanha em 7º lugar. Pelo Brasil, levou o ouro nos Jogos Panamericanos de 2019 e 2023.
Renata começou a jogar handebol no Colégio Imaculado Coração de Maria, aos 11 anos. Foi jogar no Clube Português e aos 18 anos foi contratada por um clube espanhol, onde se destacou, foi contratada por outros clubes e foi campeã espanhola 2x, sendo eleita a melhor goleira numa das edições competição. Hoje joga num clube da Romênia, pelo qual foi vice-campeã europeia e eleita a melhor atleta das finais.
Cristiano Rocha, técnico do Handebol
43 anos, natural do Recife
7º lugar nas Olimpíadas de Paris 2024
Ele é treinador da Seleção principal feminina desde 2021. Cristiano começou a praticar handebol na adolescência, mas não tardou a se encantar pela área técnica. Aos 18 anos fundou sua própria escolinha na Zona Oeste da capital e aos 20 já era treinador contratado, segundo contou em entrevista à FolhaPE. Aos 23 anos, no início dos anos 2000, Cristiano conquistou seu primeiro título nacional. É técnico contratado do Clube Português desde 2004, sendo finalista da Liga Nacional Feminina por duas vezes (2021 e 2022).
Paulo Moura, técnico do Surfe
43 anos, natural de Afogados da Ingazeira
Liderou a equipe brasileira na conquista de uma prata e um bronze
Ele não competiu como surfista no Tahiti (o surfe foi disputado na ilha da Polinésia Francesa), mas como técnico da equipe brasileira de surfe ele comemorou as conquistas das medalhas de prata (Tatiana Weston-Webb) e de bronze (Gabriel Medina), mais um bom resultado do Brasil na modalidade que estreou em Tóquio, onde o Brasil trouxe um ouro com Italo Ferreira. Sertanejo apaixonado pelo mar, Paulo Moura foi campeão mundial Pro Junior e alcançou o WCT, a principal divisão do surfe mundial, em sua juventude. Mas as lesões nos joelhos atrapalharam sua carreira como surfista profissional. Ele ainda compete e foi vice-campeão da etapa Fernando de Noronha no Brasileiro de Surfe, em 2023.
Edição: Helena Dias